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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está ampliando os serviços de referência para aplicação de soros antivenenos na Paraíba para atendimento às vítimas de picada de cobra ou outros animais peçonhentos. Já recebiam o insumo os municípios de João Pessoa, Campina Grande e Patos. Agora, Monteiro e Cajazeiras também já disponibilizam o soro e os próximos locais serão Picuí, Guarabira e Itaporanga, contemplando todas as regiões do estado.

A secretária de Saúde, Renata Nóbrega, explica que todo caso de picada de cobra ou animal peçonhento necessita de um soro antiofídico de tratamento inicial para evitar complicações. Ela pontua que o tempo ideal para iniciar a aplicação é de até seis horas. Devido a questão do abastecimento nacional, foi necessária uma centralização dos locais de aplicação do soro, considerando que a SES não recebe do Ministério da Saúde (MS) o equivalente à solicitação.

De acordo com a secretária, os soros antivenenos são fornecidos ao Ministério pelos laboratórios oficiais brasileiros: Instituto Butantan, Instituto Vital Brasil (IVB), Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI). Ela explica que, desde 2013, a Anvisa exigiu dos laboratórios o cumprimento das normas definidas por meio das boas práticas de fabricação (BPF), o que levou à necessidade de adequação e reformas nos parques industriais e, consequentemente, interrupção na produção.

“Organizamos o fluxo para ampliar o acesso ao serviço e, assim, promover o atendimento imediato do usuário. Mesmo que a quantidade não seja grande, conseguimos garantir o atendimento de urgência em locais estratégicos”, destaca.

De janeiro a novembro de 2022, a Paraíba registrou 340 acidentes por serpentes, sendo 247 por jararaca, 68 por cascavel e 25 por cobra coral. Renata Nóbrega reforça a importância das Secretarias Municipais de Saúde intensificarem junto à população, em especial da zona rural, as seguintes medidas de prevenção: utilizar calçados fechados; perneiras ou botas de cano alto; ficar atento onde pisar ou colocar as mãos para se apoiar; não mexer em buracos no chão ou em troncos de árvore sem proteção; não oferecer bebidas alcóolicas, querosene ou outros.

A área técnica da SES orienta que, em caso de acidente, é preciso lavar a região da picada com água e sabão, manter o local da picada em posição confortável, levar a vítima para atendimento médico, não fazer cortes ou torniquetes no local, manter o paciente deitado e hidratado e jamais aplicar qualquer tipo de substância como álcool, borra de café, vinagre, urina, entre outros. Na Paraíba, os locais de referência para o soro antiofídico são: Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa; Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande; Hospital Regional Janduhy Carneiro, em Patos; Hospital Regional de Cajazeiras; Hospital Regional Santa Filomena, em Monteiro.

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SECOM-PB

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