Leno com Lilian, em 1972 (Foto: arquivo)
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Ligado à Jovem Guarda, quando teve projeção nacional formando a dupla Leno e Lilian, com Lílian Knapp, e depois no grupo Renato e Seus Blue Caps, Leno Azevedo morreu nesta quinta-feira (8) aos 73 anos, em Natal (RN), onde nasceu em 25 de abril de 1949.

Cantor, compositor e guitarrista, Gileno Osório Wanderley de Azevedo foi descoberto tocando em bandas por produtores da antiga CBS (atual Sony BMG) e, em 1966, lançou o primeiro álbum da dupla Leno e Lilian, com os sucessos “Pobre menina”, “Eu não sabia que você existia” e “Devolva-me” (gravada anos mais tarde por Adriana Calcanhotto).

A dupla chegou ao fim em 1968, e, apesar de tentativas posteriores de retomar a parceria, os dois não tiveram o mesmo sucesso dos tempos da Jovem Guarda. No mesmo ano, o cantor gravou seu primeiro álbum, “Leno”. Na sequência, entrou para a banda carioca Renato e Seus Blue Caps, de Renato Barros, a quem Leno já fornecia composições.

Após “A festa dos seus 15 anos”, Leno grava em 1971 “Vida e obra de Johnny McCartney”, o primeiro disco gravado em 8 canais no Brasil, que contou em sua produção com o então desconhecido Raul Seixas e colaboração do letrista Arnaldo Brandão. No entanto, após ser censurado, o disco não foi lançado à época pela CBS, que decidiu aproveitar apenas quatro músicas, num compacto duplo lançado em 1971.

Por anos, acreditou-se que as fitas masters gravadas do disco haviam sido apagadas, no que seria uma estratégia da gravadora para se livrar dos censores do governo militar. O material, no entanto, foi descoberto nos anos 1990 pelo pesquisador musical Marcelo Fróes, e o disco foi finalmente lançado na íntegra em 1995, em CD. Em 2018, foi finalmente lançado em vinil em parceria da Record Collector Brasil e o selo 180.

Ainda nos anos 1990, Leno participou de uma série de homenagens à Jovem Guarda, junto da ex-parceira Lílian e de outros grandes nomes do movimento, como Jerry Adriani e Wanderléa.

O Globo

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