Médica pediatra Bruna Farias, da Força Nacional do SUS, atende criança yanomami da região do Surucucu com suspeita de malária, na Casai (Casa de Saúde Indígena) em Boa Vista (RR) - Imagem: Vinicius Sassine/Folhapress
Compartilhe!

Mais cinco indígenas Yanomami morreram ontem na comunidade de Surucucu, em Roraima. A informação foi confirmada pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, Júnior Hekurari.

Entre os indígenas que morreram, estavam uma criança de 9 anos e quatro adultos. Um deles era uma liderança na comunidade de Surucucu e outros três eram jovens que viviam na região.

Segundo Júnior Hekurari, as mortes foram causadas por malária e desnutrição. Os corpos não foram resgatados ontem por estarem em um local de difícil acesso e próxima à região de garimpo ilegal.

O Hospital da Criança em Boa Vista, capital de Roraima, tem, até o momento, 53 crianças internadas. No total, há 64 pacientes internados e sete deles em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).

A Casai (Casa de Saúde Indígena) tem, no momento, 700 indígenas esperando atendimento.

As principais causas de internação são:

  • diarreia e doença gastrointestinal aguda;
  • desnutrição grave;
  • pneumonia;
  • malária;
  • acidentes com cobras.

O governo federal decretou estado de emergência no território Yanomami. Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 570 crianças desse povo morreram por contaminação por mercúrio e fome, causadas pelo “impacto do garimpo ilegal na região”, nos últimos quatro anos.

O presidente Lula (PT) esteve no último fim de semana na região e descreveu a condição deles como “desumana”.

UOL

Deixe seu comentário