A jovem Ana Carolina Angelim Damasceno, 20 anos, ficou cinco meses sem acesso a smartphones enquanto se preparava para o Enem em 2022. Ela contou ao g1que o celular quebrou em meados de junho e ela decidiu não mandar para o conserto.
Ela contou que se preparou com as aulas em ritmo forte e revisões nos finais de semana. Em casa , mantinha a rotina de estudos.
A estudante manteve uma rotina diária de 14 horas de estudos – 7h às 21h -, em média, na escola onde estudava. Aos finais de semana, tinha aulas das 7h às 18h. Para “fugir” um pouco da preparação intensa, costumava usar o tempo livre para sair para algum restaurante, em um jantar com os amigos e a família.
Ela estava no pré-vestibular e essa foi a terceira tentativa de passar no vestibular. Nos últimos anos ela conseguiu notas boas, mas continuou tentando para alcançar a nota suficiente para passar para o curso de medicina.
Na redação, ela contou que buscou utilizar o próprio repertório de referências. Ela também foi muito bem na prova de matemática, alcançando 950 pontos.
O professor que ajudou na preparação, Samuel Sousa, destacou três dicas seguidas pela aluna para obter a nota máxima. “Pelo menos duas produções por semana, buscar o máximo de informações possíveis de repertório e não deixar de corrigir os textos, buscando o professor”, listou.
Ele disse ainda que a turma de redação que Carol participou tinha um encontro por semana, com três horas de aula com análise de textos, conversa sobre temas pertinentes, e produção de um texto com correção no fim. Para o professor, foi importante também ouvir as referências que os próprios alunos traziam.
O professor Samuel comentou ainda que a banca examinadora do Enem ficou mais criteriosa com a correção da redação, e nos últimos anos se tornou mais difícil conquistar a nota perfeita. “No Piauí, a Carol vem quebrando um jejum, e traz esse “mil” de novo para nós. E isso é resultado de um processo, não começou ontem. É o que digo em sala de aula: foco no processo”, disse.