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Fabricio e sua mãe, a Sra. Luciene Maria Lima, no momento da alta

Quem vê a foto do bebê Fabrício de Araújo Lima, tranquilamente dormindo nos braços da mãe, a Sra. Luciene Maria Lima, ao receber alta da Maternidade Dr. Peregrino Filho, de Patos, no último domingo (08), não imagina a luta pela sobrevivência que ele teve que travar desde que nasceu, no dia 06 de outubro do ano passado, de uma gestação de gêmeos, com somente 23 semanas. Fabrício nasceu prematuro, pesando apenas 725g, passou 41 dias na UTI Neo, precisou de ventilação mecânica por cerca de 60 dias, usou vários esquemas de antibióticos e passou quase dois meses no alojamento Mãe-Canguru. Ao receber alta, Fabrício pesava 2.790g e não apresentava nenhuma sequela, o que é raro em situações como essa.

            A diarista Luciene Lima, de 35 anos, mãe de Fabrício e de mais três filhos também nascidos na Maternidade de Patos, reconhece que o atendimento na unidade fez toda a diferença na recuperação, desenvolvimento e sobrevivência seu filho. “Primeiro Deus, que é quem, comanda nossas vidas, e depois os médicos, enfermeiros e toda a equipe da Maternidade. Sei que sem esse apoio da Maternidade meu filho não teria resistido. Olhava para ele tão pequenino, cheio de aparelhos e fios e nunca perdi a esperança de levá-lo para casa, o que aconteceu no domingo. Agora estamos em casa e bem”, afirma ela que desde o parto permaneceu na Maternidade acompanhando de perto a evolução de Fabrício. O irmão gêmeo de Fabrício não resistiu e foi a óbito 22 dias após o nascimento.

            O pediatra Almi Soares Cavalcante que acompanhou o parto, fez os primeiros procedimentos em Fabrício e também o assistiu durante sua permanência na enfermaria Mãe-Canguru, lembra que casos de sobrevivência sem sequelas como esse são muito raros, inclusive em nível nacional. “Se não fosse prestada uma assistência adequada, com procedimentos e medicação específicos, com a disponibilidade dos equipamentos necessários, as chances de sobrevivência seriam mínimas devido a prematuridade extrema”, argumenta o médico. Segundo Almi, Fabrício foi intubado ainda na sala de parto, se submeteu a um cateterismo umbilical, com administração de surfactante, permaneceu na UTI Neonatal com ventilação mecânica por quase dois meses e durante sua internação de quase 90 dias usou vários esquemas de antibióticos.

Assessoria

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