Os dois projetos de lei encaminhados pelos Prefeitos de Patos e Santa Luzia, aumentando a alíquota da contribuição da previdência de 11% para 14% é um grande golpe aos servidores públicos municipais ativos e aposentados de Patos e Santa Luzia, os dois municípios da base territorial da entidade que tem previdência própria.
Para a presidente do SINFEMP Carminha Soares, o rombo nos dois institutos de previdência, IPSAL, em Santa Luzia, e PatosPrev, em Patos, não foi culpa dos servidores e sim de todos os gestores municipais que não fizeram os repasses de acordo com a lei aprovada e nem tampouco os vereadores fiscalizaram os chefes dos executivos municipais. “Em Patos, o atual prefeito interino de Patos Ivanes Lacerda há 20 anos é vereador e em Santa Luzia, o atual prefeito, Zezé, era também vereador e qual o motivo de não fiscalizar se os prefeitos estavam cumprindo o que determina a lei?”, indagou a mesma.
O SINFEMP denuncia também que os servidores públicos municipais e estaduais começam a pagar a conta da Reforma da Previdência do Bolsonaro, sempre contestado pela entidade, mas não compreendida pela maioria dos servidores. “Quando estávamos fazendo a luta contra a Reforma da Previdência do Bolsonaro, muitos servidores municipais contestavam a nossa luta, afirmando que não deveria ser pauta de um sindicato que tem base municipal e deveria se preocupar com as questões locais, mas tínhamos a consciência de que essa retirada dos estados e municípios, inicialmente da reforma foi para ser aprovada mais rápido, mas que depois os gestores municipais e estaduais teriam que se adequar e é o que está acontecendo”, disse a presidente.
A sindicalista afirmou que as câmaras municipais de Patos e Santa Luzia, como também os dois gestores, receberam a proposta da entidade da alíquota progressiva a partir de 7,5% e caso votem contrários, a entidade fará a denúncia, como também entrará na Justiça. “Fiquemos de olho nas duas câmaras municipais de Patos e Santa Luzia, vamos ver se os vereadores vão votar com os servidores ou com os prefeitos”.