A então presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez — Foto: Getty Images

A ex-presidente boliviana Jeanine Áñez foi detida presa na madrugada deste sábado (13), informou o ministro de governo, Carlos Eduardo del Castillo, em uma rede social. Ela é investigada por envolvimento na derrubada de Evo Morales em 2019.

“Informo ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez já foi detida e está atualmente nas mãos da polícia”, disse o ministro em suas contas no Twitter e no Facebook.

O Ministério Público boliviano ordenou a prisão da ex-presidente Jeanine Áñez e cinco de seus ex-ministros. O ex-ministro da Energia, Rodrigo Guzmán, já foi preso em Trinidad. Os outros ministros buscados pelo MP são Arturo Murillo, Yerko Núñez, Luis Fernando López e Álvaro Coimbra.

Eles são investigados por envolvimento na derrubada do governo de Evo Morales em 2019. A acusação do MP, segundo documentos que circulam em redes sociais e identificados pelo jornal local “La Razón”, inclui terrorismo, traição e conspiração.

As autoridades não informaram onde a ex-presidente foi detida.

Por meio de sua conta no Twitter, a ex-presidente Áñez disse que “a perseguição política já começou”.

“O MAS [partido de Evo Morales e Luis Arce] decidiu voltar ao estilo de ditadura. É uma pena porque a Bolívia não precisa de ditadores, precisa de liberdade e soluções”, disse Áñez.

A ordem de prisão inclui ainda ex-membros do alto comando militar boliviano em 2019, entre eles o almirante Palmiro Jarjuri, ex-comandante da Marinha; Jorge Gonzalo Terceros, ex-comandante da Força Aérea, o general Gonzalo Mendieta, ex-comandante do Exército; além do general Jorge Gonzalo Terceros, da Força Aérea Boliviana.

O ex-presidente Carlos Mesa, opositor ao governo de Luis Arce, disse que a Bolívia está “em um processo de perseguição política pior que nas ditaduras”. “Age-se contra aqueles que defenderam a democracia e a liberdade em 2019. O poder judicial e o Ministério Público ‘massistas’ (apoiadores do MAS) são o martelo executor. Os autores da fraude se anistiam e fingem ser vítimas”, acrescentou.

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G1

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