Ao menos quatro funcionários do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) sacaram 87% de seus salários em dinheiro vivo. Juntos, eles se retiraram um total de R $ 570 mil.
O intenso volume de saques de assessores de Carlos Bolsonaro, após os pagamentos, é semelhante ao padrão apontado pelo MP-RJ na suposta organização criminosa que funcionava no gabinete do irmão mais velho, Flávio Bolsonaro , na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Desde julho de 2019, o MP-RJ investiga também a suspeita de nomeação de funcionários fantasmas e a prática de “rachadinha” no gabinete de Carlos Bolsonaro. A defesa do vereador disse que não irá se manifestar, porque os processos estão em sigilo.
Esta é uma das quatro reportagens realizadas pelo UOL a partir da análise de dados de 100 quebras de sigilos bancários de investigados no caso da “rachadinha” do gabinete de Flávio Bolsonaro, quando ele era deputado estadual na Alerj.
O UOL teve acesso às quebras de sigilo em setembro de 2020, quando ainda não havia uma decisão judicial contestando a legalidade da determinação da Justiça fluminense, e veio, desde então, analisando meticulosamente como 607.552 operações bancárias distribuídas em 100 planilhas -uma para cada um dos suspeitos. O STJ anulou o uso dos dados fornecidos das quebras de sigilos no processo contra Flávio, mas o Ministério Público Federal recorreu junto ao STF . O UOL avalia que há interesse público evidente na divulgação das informações que compõem estas reportagens.
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