No começo da tarde de ontem (terça, 08/06), faleceu de complicações da Covid-19, o ex-vereador de Patos, Juraci Dantas de Sousa, de 78 anos.

Figura por demais conhecida e querida na cidade, Juraci também foi secretário de Serviços Públicos na gestão de Ivanes Lacerda (in memoriam).
Desde ontem, seu falecimento repercute muito nas redes sociais e muita gente se lembrou de uma época em que ele foi proprietário de um fusca azul e era constantemente visto transitando nas ruas de Patos. O fusca era uma espécie de marca registrada de Juraci Dantas.
Segundo informações, Juraci comprou o veículo à Igreja Católica e passou mais de 25 anos com o automóvel. Não se sabe em que ano ele o adquiriu.
Na época, se brincava muito com isso, uma vez que o veículo foi envelhecendo e Juraci não o largou. Era um fusca velho e diz a lenda que Juraci às vezes dirigia segurando com a mão esquerda a porta para que não se abrisse. Tudo isso era motivo de saudáveis brincadeiras na cidade.
A senhora Wanda Queiroz, ex-mulher de Juraci Dantas, e com quem teve uma filha que hoje está com 17 anos (Bruna Queiroz Dantas), a decisão de largar o automóvel só aconteceu por volta de 2006, quando a filha tinha por volta de dois anos de idade. “O veículo às vezes pegava fogo quando passava num quebra-molas, e isso com a nossa filha dentro, por isso ele optou por não usá-lo mais, para não colocar a filha em risco. Ele só se livrou desse fusca porque Bruninha era pequena e era perigoso trafegar com ela num veículo velho e cheio de problemas“, disse Wanda.
Mesmo assim, de acordo com Wanda, a pressão ainda foi grande para Juraci deixar o automóvel em definitivo. O veículo tinha uma valor sentimental e ele ainda cogitou continuar com ele, mesmo sem usá-lo. Com o tempo ele optou por deixá-lo em uma oficina e o carro ficou por lá por muito tempo até que um dia deram fim a ele, não se sabe como.
Quem viveu essa época e conheceu Juraci Dantas, não tem como se esquecer do fusca que se tornou conhecido em toda a cidade.
Outra duas características de Juraci Dantas também merecem ser lembradas: a primeira é a a frase “prazer em revê-lo”, dita a todo amigo que ele encontrava nas ruas; e a segunda era o costume que ele tinha de discursar em sepultamentos, inclusive surpreendendo a todos, pois conseguia transmitir emoção em suas palavras.
Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com