O setor de isolamento Covid do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC) inicia o mês de julho com 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva em sua capacidade máxima, com 32 pacientes com coronavírus internados na UTI necessitando de cuidados especiais. A taxa de ocupação nas enfermarias Covid, por enquanto, está em 30%, equivalente a 11, dos 46 leitos ocupados nesta quinta-feira (01).

Dr. Pedro Augusto está na linha de frente do Covid-19 no Hospital de Patos e alerta população sobre cuidados na pandemia

O coordenador do setor Covid do Complexo, Dr. Pedro Augusto, alerta para a gravidade do momento e pede que a população colabore mantendo os cuidados necessários em tempos de pandemia. “Apesar das medidas restritivas terem sido flexibilizadas, ainda estamos vivendo em plena pandemia e não podemos achar que tudo está normal, inclusive, é preciso alertar a população que os casos graves não mais estão se concentrando nas faixas etárias de maior idade, pois nós estamos tratando casos graves da doença em pessoas jovens, em adultos jovens, na faixa entre 25 anos e 55 anos de idade”, disse o médico, lembrando que somente com a vacinação da população a situação estará em maior controle.

Dr. Pedro lembra que medidas como usar máscaras, evitar aglomerações, manter  o distanciamento social, lavar frequentemente as mãos e fazer uso de álcool em gel ou líquido em 70% ajuda a combater a proliferação do vírus e, consequentemente, diminuir o número de doentes e de pessoas que podem precisar de uma internação em casos mais grave. “A melhor maneira ainda é a prevenção porque a Covid é uma doença perigosa e imprevisível. Muitas vezes temos um paciente jovem, que tinha uma vida saudável, sem comorbidades que complica seu quadro e outro paciente idoso, com comorbidades que tem uma resposta ao tratamento mais satisfatória. Então, o melhor mesmo é não arriscar ficar doente”, reitera Dr. Pedro, lembrado que a cooperação de todos é fundamental para que se saia deste momento crítico.

Dr. Pedro explicou ainda que o Complexo hoje atua, basicamente, com dois setores. Um setor de sintomáticos respiratórios e outro que atende pacientes sem sintomas respiratórios. “Os pacientes que chegam com infarto, cirrose, com erisipela, e com outros sintomas são atendidos numa área totalmente diferente dos pacientes que têm sintomas respiratórios, inclusive, o acesso é distinto”, reitera ele, lembrando que os pacientes que têm algo ligado ao aparelho respiratório como tosse, cansaço, com expectoração, etc, têm atendimento no setor de isolamento. “Dentre esses pacientes, alguns têm o Covid, mas estes são colocados noutra área”, destaca ele.

O médico destaca também que o setor de isolamento da unidade é ainda subdividido em duas áreas.  Uma dos pacientes suspeitos e outra dos pacientes confirmados. “Nós não podemos pegar um paciente suspeito de Covid e colocar ele num a enfermaria comum, onde os pacientes têm outras doenças, pois se agíssemos assim estaríamos contribuindo para disseminar o vírus”, explicou ele.

Assessoria

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