Uma pessoa morreu e mais de 150 já foram detidas nos protestos que ocorrem em Cuba desde o último final de semana. Segundo a estatal ACN (Agência Cubana de Notícias) um homem morreu durante um confronto entre manifestantes e forças de segurança na última segunda-feira em um bairro da periferia de Havana.

A vítima tinha 36 anos e participava de um protesto no Conselho Popular Güinera do município de Arroyo Naranjo, no sul da capital, como parte das manifestações contra o governo iniciadas em várias localizações do país no domingo.

Várias pessoas foram detidas e outras sofreram ferimentos, inclusive agentes das forças de segurança, no confronto em La Güinera, segundo a agência.

O protesto nesse bairro, uma das áreas mais carentes de Havana, foi divulgado por vários vídeos nas redes sociais, embora o governo mantenha a conexão à internet cortada desde domingo.

Segundo a versão da ACN, os manifestantes “alteraram a ordem e tentaram seguir até a Estação da Polícia Nacional Revolucionária do território com o objetivo de agredir efetivos e danificar a instalação”.

A organização HRW (Human Rights Watch) denunciou ontem que o número de detidos nos protestos “passa de 150”, e exigiu o fim das violações aos direitos humanos no território cubano.

“A lista inicial de detidos nos protestos em Cuba passa de 150. Não se sabe o paradeiro de muitos deles. Exigimos o fim dessas violações aos direitos humanos. Protestar é um direito, não um crime”, escreveu no Twitter o diretor da divisão das Américas da HRW, José Miguel Vivanco.

UOL

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