Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O aumento de 5,18% no litro da gasolina e de 14,26% no valor do diesel não impacta apenas donos de veículos. Setores importantes da economia deverão repassar a alta dos combustíveis a seus produtos nos próximos meses.

Preços em áreas cruciais para o dia a dia do brasileiro como transporte, alimentação, vestuário e construção civil devem ter elevação, agravando a pressão inflacionária dos últimos meses.

O preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.

O valor cobrado nos postos depende de impostos e das margens de lucro dos distribuidores e revendedores. “O que vai acontecer basicamente é que as pessoas vão ter uma vida mais cara, porque vai ficar mais caro se deslocar”, diz Juliana Inhaz, professora no Insper.

Simão Silber, professor de economia na USP (Universidade de São Paulo) e pesquisador da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), avalia que “hoje, não só no Brasil, houve um retorno para um fenômeno que ocorreu nos anos 1970 que ficou conhecido como ‘estagflação’: uma inflação mais alta e um nível de produção mais baixo com o aumento de custos”.

A alta do petróleo no mundo é atribuída em grande parte à Guerra na Ucrânia. Medidas como as sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra o petróleo e o gás exportados pela Rússia tendem a reduzir a quantidade desses produtos no mercado internacional e a aumentar preços. A Rússia é o segundo maior produtor e exportador de petróleo do mundo.

A Petrobras importa petróleo e derivados e repassa reajustes por conta da política de Preço de Paridade de Importação, adotada em 2016. O aumento dos combustíveis tem impacto limitado no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medida usada para acompanhar tendências de inflação para o consumidor, mas tem significativa influência sobre o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que registra variações em produtos agropecuários e industriais antes de atingir a ponta final.

Veja a matéria completa na Folha de S.Paulo.

Folha de S.Paulo

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