Eu vi um homem gemer
Se contorcendo de dor
Gemendo com desespero
Pelo mal que lhe causou
Uma mulata baiana
Que o seu caminho cruzou!
Gemia como um enfermo
No leito de um hospital
A cada momento vivido
O homem passava mal
Se debatendo e gritando
Numa sofrência total!
Era uma cena bucólica
Que refletia à paixão
Introduzida na mente
Daquele mero “machão”
transformando à alma dele
No Choro da solidão!
O desgosto era tão grande
Que ele mal reagia
Buscava uma explicação
Pra aquela grande agonia
Que lhe queimava na alma
As “chamas da fantasia”!
Acontece que o ser
Na sua imaginação
Cria fatos ou factóides
Pra viver na ilusão
Achando que à fantasia
Preenche seu coração!
Mas, como o tempo se foi
Voltando para rotina real
Retirou daquele homem
Todo feitiço do “mal”
Acabando com a “sofrência”
Daquele “pobre”mortal!
Patos, 27/11/2022
Anchieta Guerra