Imagens: Wagner Almeida

Os atropelamentos estão entre as principais causas de morte de animais silvestres na Serra do Teixeira, na Região Metropolitana de Patos, área transformada em parque nacional no dia 5 de junho.

Um macaco-prego que tentava cruzar a pista foi atropelado por um carro, entrando para as estatísticas dos animais que são vistos diariamente na rodovia PB-262, que liga Patos a Teixeira, sendo atropelados por veículos que desrespeitam os limites de velocidades em trechos perigosos.

O motorista Wagner Almeida, que passava pelo local, fez um vídeo registrando a cena e pediu ao órgão competente pela manutenção da rodovia estadual para implantar sinalizações, orientando os condutores para o perigo de animais na pista.

Wagner lembra que é preciso que seja feito algo urgente para salvar e proteger os animais silvestres, muitos em extinção, no local.

Veja vídeo: 

Parque Nacional da Serra do Teixeira

O Parque Nacional da Serra do Teixeira tem área aproximada de 61.095 ha e está localizado nos municípios de Água Branca, Cacimba de Areia, Catingueira, Imaculada, Juru, Mãe d’Água, Matureia, Olho d’Água, Santa Terezinha, Santana dos Garrotes, São José do Bonfim e Teixeira.

Dessa área, ficam excluídas dos limites do Parque Nacional da Serra do Teixeira as faixas de domínio das rodovias BR-110, PB-262, PB-276, PB-302 e PB-306, e de passagem de linhas de transmissão.

Proteção ambiental

A implantação do Parque Nacional da Serra do Teixeira irá proteger cerca de 70 nascentes de água existentes naquela serra, sendo 70% das nascentes da bacia do Rio Piranhas/Açu. Trata-se de importante unidade de conservação que protegerá de forma integral todas as riquezas biológicas e cênica encontradas na região, integralmente localizada no bioma Caatinga.

Flora – Conforme estudo apresentado em 2009, o Parque Nacional da Serra do Teixeira apresenta pelo menos 265 espécies, das quais 24 são endêmicas (exclusivas dessa área e não são encontradas em outros lugares) à Caatinga e ao menos seis espécies encontram-se ameaçadas de extinção.

Fauna – A unidade possui uma relevante representatividade da biodiversidade. São no total 237 espécies registradas, apenas para os quatro grupos de vertebrados terrestres (anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Pelo menos 19 espécies estão entre as listas vermelhas de fauna ameaçada de extinção, e tantas outras correm riscos pelo seu potencial sinergético, sendo caçadas de forma ilegal. Entre toda a fauna, o registro mais importante é o do jacaré-do-papo-amarelo, podendo ser a única população natural deste réptil no Semiárido paraibano.

Folha Patoense com Angélica Nunes e Laerte Cerqueira – Jornal da Paraíba

Imagens: Wagner Almeida

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