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Todos os sábados, à tardinha, a Alça Sudeste, em Patos, transforma-se num grande playground. Como é isso? Um espaço específico de descida entre a pista de rolamento e um loteamento, virou o lugar perfeito para a prática de patins, de skates e do “rolinete”, uma mistura de carrinho de rolimã com o patinete.

Segundo Josivaldo Xavier Queiroz, 52 anos, um dos idealizadores do movimento, a ideia surgiu de uma conversa entre amigos que diziam que as brincadeiras da infância estavam ficando fora de moda.

“Esse grupo, criado pelo WhatsApp, é mais ou menos da mesma idade; e, certa vez, lamentávamos que as brincadeiras de antigamente como: pião, garrafão, barra bandeira estavam desaparecendo; então, para reviver aquele tempo em que todos nós brincávamos juntos, resolvemos apoiar o resgate de alguns brinquedos como o carrinho de rolimã”, contou.

Josivaldo, que trabalha com estofados, é quem faz os carrinhos de madeira conforme a lembrança da infância e incrementados com bancos almofadados e as tradicionais rodinhas. Ele disse que o intuito do “rolinete” é trazer de volta essas brincadeiras esquecidas apenas para o bom divertimento e para que todos possam participar: crianças, adolescentes e adultos, de forma gratuita.

“A gente fica aqui próximo ao pessoal que faz caminhada e chama eles para brincar, muitos pensam que é uma brincadeira cobrando algum dinheiro, mas não é só pelo divertimento mesmo e para dizer aos jovens de hoje que não existe só o vídeo game ou o celular, mas brinquedos saudáveis e a custo zero”, reforçou.

Mas, para reavivar a época mais feliz da vida de todos nós, e resgatar a tradição, era preciso não só criatividade e boa vontade, mas também de organização. Os amigos levam cada um a sua contribuição para alimentar esse sonho: uma máquina filmadora, fotográfica, café, chá, bolacha e, claro, muita alegria.

“Todo mundo aqui dá a sua contribuição para se divertir; tem um custo, tem, mas não quero responsabilidade quero voltar a ser criança; a gente trabalha a semana toda e eu faço, eu brinco, não quero ser conhecido como o cara que cobra, eu tô fazendo isso para a gente se divertir com as brincadeiras da minha época e mostrar que existe outro tipo de diversão”, falou Josivaldo Queiroz, saudosista.

A pouca iluminação do local é parte chata da brincadeira que tem que terminar mais cedo, frustando todos aqueles que queriam continuar crianças por mais tempo.

Colaboração de Misael Nóbrega

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