O ex-presidente Jair Bolsonaro, na saída do Senado — Foto: reprodução

A Polícia Federal afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” do plano de golpe de Estado em várias frentes. Também afirma que o ex-presidente tinha conhecimento do plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Veja a íntegra do relatório da PF.

O que aconteceu

As implicações de Jair Bolsonaro no plano, segundo a PF. De acordo com o relatório entregue a Moraes, as provas juntadas pela investigação desde o ano passado demonstram “de forma inequívoca” que Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito”. Ele foi citado nominalmente 535 vezes no relatório.

Após o indiciamento, Bolsonaro negou crimes e disse que a narrativa “não colava”. Ele afirmou que não se pode punir o que chamou de “crime de opinião”, ao tratar do plano de assassinato de Lula. “Essa história de assassinato de autoridades, no meu entender, foi jogado. Não cola isso daí. Não sou jurista, quando começa um crime ou termina. No meu entender, nada foi iniciado. Não podemos começar agora a querer punir um crime de opinião”, afirmou. Também rebateu sobre o golpe: “Golpe de Estado é uma coisa séria. (…) Tem que estar envolvidas todas as Forças Armadas senão não existe golpe. Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando”, disse Bolsonaro.

Segundo a PF, o golpe só não ocorreu por fatos “alheios à vontade” do ex-presidente. Ao todo, a investigação elenca oito episódios para apontar o papel de Bolsonaro na tentativa golpista e afirma que a tentativa só não foi pra frente devido à negativa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica na época, além de a maioria do Alto Comando do Exército não ter aderido ao golpe.

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