O delegado Dr. Claudinor, responsável pela Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE) de Patos e também atuante no município de Cacimbas, se pronunciou no início da noite desta segunda-feira (12) sobre o trágico caso que resultou na morte de uma criança de 8 anos, vítima de um disparo acidental de arma de fogo na zona rural de Cacimbas.
Segundo o delegado, um dos aspectos que mais preocupa a Polícia Civil neste momento é o fato de que o local do ocorrido foi alterado antes da chegada das autoridades, o que deve dificultar o trabalho dos peritos e prolongar a investigação. “O cenário do fato foi claramente modificado, o que exige um esforço maior da perícia técnica e reforça a importância de ouvirmos as testemunhas para esclarecer o que de fato aconteceu”, destacou.
A arma usada no disparo foi confirmada como uma espingarda do tipo “soco-soco”, armamento artesanal ainda muito comum entre moradores da zona rural do Sertão paraibano.
De acordo com relatos preliminares repassados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), a criança estava em um quarto com outras, manipulando duas armas de fogo. Durante a brincadeira, uma das armas foi acionada, atingindo fatalmente a cabeça da vítima.
Mesmo com o ferimento grave, familiares ainda socorreram a criança até a Unidade de Saúde do município. No entanto, devido à gravidade do quadro, foi necessário acionar o SAMU, cujo médico, ao chegar, constatou o óbito.
A Polícia Militar e, em seguida, a Polícia Civil foram acionadas para os procedimentos de praxe. As investigações seguem em andamento e testemunhas deverão ser ouvidas nos próximos dias para auxiliar no esclarecimento do caso.
A tragédia levanta novamente o debate sobre o armazenamento seguro de armas de fogo, especialmente em casas com crianças.
Veja o vídeo abaixo: