O número de pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão no estado aumentou 263% entre 2023 e 2025. Em 2023, foram 62 resgates. Neste ano, já são 225. Os dados foram divulgados pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB).
A maior parte das vítimas atuava em obras da construção civil, especialmente em João Pessoa e Cabedelo. Do total, 94% foram encontrados nessas atividades.
A fiscalização resultou no pagamento de mais de R$ 2 milhões em verbas rescisórias e indenizações por danos morais. Os valores foram pagos pelas empresas após a atuação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do MPT e da Defensoria Pública da União (DPU). Em alguns casos, os empregadores firmaram Termos de Ajuste de Conduta (TACs).
Além dos resgates feitos na Paraíba, o MPT também chama atenção para outro cenário: paraibanos estão sendo levados para outros estados e entrando em condições semelhantes à escravidão. Em muitos casos, são aliciados em cidades do interior e levados à capital com a promessa de emprego formal.
“Novas situações de exploração do trabalho em condição análoga ao de escravo estão sendo identificadas na Paraíba, inclusive na última semana, em João Pessoa e Cabedelo. Quem procura trabalho não pode encontrar escravidão”, afirmou a procuradora do Trabalho Marcela Asfóra, coordenadora regional da Conaete/MPT.






