O tribunal do júri da comarca de Pombal realizou durante todo o dia desta quinta-feira (07) o julgamento de dois acusados de crimes contra a vida, praticados há exatos 14 anos, no bairro Nova Vida. Um deles foi condenado a 50 anos de cadeia e o outro a 35 anos.

O Blog do Naldo Silva acompanhou a sessão, que durou cerca de 10 horas. O juiz Osmar Caetano Xavier presidiu os trabalhos. O promotor de justiça Rafael Bandeira atuou pelo Ministério Público, e a defesa foi feita pelos advogados Harley Cordeiro e Artur Cordeiro (em nome de Carlito Claudiano Leonardo) e Arnaldo Marques, pelo réu Francimar dos Santos Lima, o “Rolinha”.

Eles foram denunciados pelo Ministério Público pela prática dos crimes de homicídio, contra Geraldo Noel de Sousa, de 60 anos, e de tentativa de homicídio contra sua sobrinha, Luzia de Sousa Silva (“Branquinha”), no dia 7 de agosto de 2011.

De acordo com a acusação, os crimes foram motivados por insatisfação de Carlito – que está preso desde 2009 – com o fim do relacionamento que mantinha com Branquinha. Ele teria contratado Rolinha e outro suspeito – que nunca foi identificado – para matar a ex-namorada. Na época, ele cumpra pena no presídio de Patos, mas teria dado a ordem através de ligações telefônicas.

No dia do fato, os executores invadiram a casa onde moravam Geraldo e Branquinha. O idoso dormia em uma rede quando foi atingido com vários disparos, morrendo no local. Na sequência, Branquinha, que estava em um quarto, também foi ferida com 5 tiros, mas escapou.

A defesa dos acusados levantou a tese da falta de provas, já que apenas a vítima afirmou em depoimentos que reconheceu “Rolinha” como um dos assassinos e que creditava a Carlito a ordem para matá-la. O corpo de sentença –  formado por dois homens e cinco mulheres – não acatou os argumentos dos advogados.

Ao final do julgamento, o juiz Osmar Caetano aplicou a pena de 50 anos a Carlito, e de 35 anos a Rolinha, em regime fechado.

Carlito cumpre pena no presídio federal de Catanduvas (PR). Ele participou da sessão de julgamento de forma virtual. Já Francimar encontra-se foragido, mas teve o mandado de prisão expedido pelo juiz na decisão.

A defesa disse ao Blog que irá recorrer das condenações junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba.

Blog do Naldo Silva

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