A recente conquista da UFCG em Sousa, que obteve nota de excelência para implantação do curso de Psicologia, é uma vitória para o Sertão da Paraíba e mostra que nossa região tem condições de crescer e se fortalecer através da educação superior. Cada passo nessa direção deve ser comemorado, pois significa mais oportunidades e mais desenvolvimento.

Mas é inevitável lembrar que Patos também precisa de avanços concretos no ensino público superior. O campus da UFCG em Patos segue com a mesma estrutura de cursos há anos, sem a implantação de novas graduações que correspondam ao peso e às demandas da cidade e de toda a região que gravita em torno dela. Entre essas demandas, a mais simbólica é o curso público de Medicina, que faria de Patos um polo ainda mais estratégico na formação de profissionais de saúde. Essa lacuna precisa ser enfrentada com seriedade.

A criação da Universidade Federal do Sertão da Paraíba (UFSPB), com reitoria instalada em Patos, é uma proposta que se torna cada vez mais urgente. Não se trata de competição entre cidades, mas de reconhecer a centralidade de Patos e garantir que o Sertão tenha uma instituição pensada para suas necessidades, com autonomia administrativa e acadêmica. Uma universidade própria permitiria ampliar a oferta de cursos estratégicos — Medicina, Engenharias, Ciências Agrárias, Tecnologia — e consolidar Patos como um polo de conhecimento, inovação e desenvolvimento.

Patos já é reconhecida como a Capital do Sertão por sua importância populacional, econômica, cultural e de serviços. O que falta é que a educação pública federal acompanhe esse protagonismo. A criação da Universidade Federal do Sertão da Paraíba é o caminho para transformar essa realidade e garantir que o futuro do Sertão seja construído com base no conhecimento e na inclusão. Mais do que uma reivindicação local, trata-se de um projeto de justiça regional e de fortalecimento do interior da Paraíba.

Assine a petição para a criação da Universidade Federal do Sertão da Paraíba com sede em Patos: https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR147561

Texto: Pedro Jorge Nunes da Costa – pjpedrojorge2016@gmail.com

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