Os dados oficiais sobre os volumes dos mananciais que abastecem o Sertão são cada vez mais preocupantes e revelam uma das maiores crises hídricas na região nos últimos anos.
A Barragem da Farinha está com pouco mais de 2% de sua capacidade; o Açude Jatobá, com menos de 14%; a Barragem da Capoeira, com menos de 6%; e os Açudes de Coremas e Mãe d’Água, responsáveis pela Adutora Coremas–Sabugi, que abastece Patos e vários municípios da região, registram menos de 30%.
Os dados são da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa-PB) e correspondem ao mês de setembro de 2025, o que indica que os índices estão ainda mais baixos agora, em novembro.
Diante do risco de colapso no abastecimento, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, Regional das Espinharas (Cagepa/Espinharas), vai iniciar um racionamento em forma de rodízio no fornecimento de água para bairros da cidade de Patos.
O rodízio começa ainda neste mês de novembro e deve permanecer até que os mananciais recebam recarga com as chuvas esperadas para 2026. A Cagepa/Espinharas afirma que a medida é preventiva, para evitar consequências mais graves.
A cada ano, o consumo de água aumenta, enquanto os índices de chuvas e a recarga dos mananciais não têm sido suficientes para atender à alta demanda. Em Patos, as elevadas temperaturas, o crescimento urbano e a falta de uso racional da água reforçam a preocupação com o futuro do abastecimento de recursos hídricos na cidade.
Jozivan Antero – Polêmica Patos






