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Depois que a filha da senhora Francineide Ribeiro da Costa procurou a imprensa para falar a respeito de sua mãe, que estava internada no Complexo Hospitalar Regional de Patos, com câncer e constantes hemorragias, o caso ganhou grande repercussão na cidade e nesta terça-feira, 14, veio a informação de que a senhora foi transferida para o Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, que era uma solicitação da filha Maria Késsia.

Veja abaixo o comentário da filha a respeito da saúde da mãe. Ela diz que a mãe está bem e pede saúde pelo restabelecimento dela.

 

Veja abaixo a reportagem publicada ontem (segunda, 13) na Folha Patoense: 

Com a mãe com câncer e hemorragia, filha acusa o hospital de Patos de descaso

A senhora Francineide Ribeiro da Costa, de 42 anos, foi diagnosticada com câncer de colo de útero e está em tratamento desde de 2018. Neste momento ela está no Complexo Hospitalar Regional de Patos, internada desde o dia 9 de maio e, segundo a sua filha Maria Késsia,  com sangramento intenso.

Dona Francineide precisa de uma medicação chamada Transamin para estancar o sangue, mas esse medicamento  não existe na unidade. “Já é a terceira vez que ela se interna no hospital e essa medicação está sempre em falta. Sempre tenho que tirar do meu próprio bolso ou pedir doação dos amigos, pois a caixa com cinco ampolas custa R$ 50,00”, disse a filha Késsia.

O quadro da senhora vem se agravando e no sábado (11), por volta das 23 horas, ela sofreu outra hemorragia e o médico plantonista, segundo informações da filha, a analisou, deu a medicação e disse que ela ia ficar boa. “Ele não me falou nada e pediu para fazer o hemograma dela. No domingo, ela teve outra hemorragia forte por volta das 9 horas e foi ficando fraca. Quando foi por volta de 16 horas veio outra hemorragia e ela ficou desacordada, suando muito e fria. Antes disso, tinha entrado uma médica que disse que iria encaminhar minha mãe para a Maternidade de Patos. Ela ligou para alguém na minha frente dizendo que minha mãe precisaria fazer um tampão para parar o sangramento. Fiquei aguardando e essa médica simplesmente sumiu”, continuou a filha.

Dona Francineide saiu da enfermaria para a área vermelha do hospital por volta das 17 horas e, quando a filha retornou de casa, por volta das 19 horas, ela se encontrava na área amarela com o quadro estável e consciente. “Até lençol é raro aparecer para ela. Tiver que fazer escândalo para conseguir um novo, pois o que a minha mãe usava estava sujo de sangue”, acrescentou

Além da falta de medicação e de uma atenção maior com sua mãe, a filha relata que sua mãe precisa é da transferência para tratamento no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, onde ela já faz periodicamente radioterapia e quimioterapia; ou para o Hospital do Bem, em Patos. “Desde que ela foi internada falam em transferi-la para o Hospital do Bem, mas depois dizem que o elevador está quebrado e que não tem mais vagas. Mas essa questão do elevador não é problema, pois o hospital tem escadaria e minha mãe pode ser levada na maca ou na cadeira de rodas. Minha mãe está morrendo pouco a pouco e desde quinta-feira,09, que eu não durmo, apenas passo a noite ao lado dela em uma cadeira quebrada. É um médico jogando para o outro e ninguém me explica nada. Não sei que burocracia é essa para transferi-la e peço que alguma providência seja tomada antes que seja tarde”, finalizou.

Veja abaixo a nota emitida pelo Hospital de Patos:

A paciente Francineide Ribeiro da Costa que está internada no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC), precisa ser reavaliada pelo cirurgião que a operou no Hospital Napoleão Laureano, Dr. Kleber Castro, e depois por uma oncologista para ver a possibilidade de retratamento.

O Núcleo de Regulação do Complexo está tentando fazer a regulação com o Serviço Social do Napoleão Laureano, em João Pessoa, mas isso é uma situação atípica, haja vista que o Laureano não atende esse tipo de intercorrência via regulação. Enquanto isso não ocorre, a paciente está sob cuidados da clínica médica do Complexo e não no Hospital do Bem, como quer a família, haja vista que o Hospital do Bem só pode recebê-la após o médico que a atendeu no Laureano fazer essa transferência.

Caso o NIR do Complexo não consiga a regulação, a própria família precisará ir na SMS para solicitar que ela volte para triagem oncológica que fará os encaminhamentos necessários que o caso requer.

 

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

 

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