Menino de quatro anos morreu neste sábado (19) em Campina Grande — Foto: TV Paraíba/reprodução
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A perícia realizada em um menino de 4 anos de idade que morreu no último sábado (19), após agressões, apontou que ele sofreu um choque hipovolêmico (diminuição de volume sanguíneo) e teve o fígado rompido. As informações foram divulgadas pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), em Campina Grande, onde o crime aconteceu. A madrasta da criança está presa como suspeita pela morte.

O chefe do Numol, Márcio Leandro, informou que a criança sofreu um choque hipovolêmico devido às agressões, causando um intenso sangramento, ruptura dos vasos abdominais e o rompimento do fígado.

Ainda de acordo com a polícia, a criança estava sob responsabilidade da madrasta há um mês. A perícia constatou que a criança sofria agressões também há cerca de um mês. O laudo descartou violência sexual, mas a madrasta é a única suspeita do crime.

“As evidências que existiam [mostram] que ela já maltratava essa criança há algum tempo”, disse a delegada Nercília Dantas durante a coletiva.

O pai do menino é presidiário, e a mãe mora em Pernambuco, conforme a delegada responsável pelo caso. As investigações mostraram que o pai ordenava que a criança ficasse com a madrasta em Campina Grande.

A madrasta negou que tenha agredido o menino, e justificou que o inchaço nos olhos da criança teria sido causado por uma abelha. A criança foi levada já morta para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, por conta de uma queda. A madrasta alegou que só teria dado uma “chinelada” no menino, que de acordo com ela, era muito “trabalhoso”.

A Justiça determinou a prisão preventiva da suspeita, e ela segue na carceragem da Central de Polícia mas deve ser transferida para a penitenciária feminina de Campina Grande ainda nesta segunda-feira (21), já que a perícia confirmou as agressões.

Jornal da Paraíba

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