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Com a chegada do outono do Hemisfério Sul, a quantidade de radiação solar incidente à superfície no centro-sul do país diminui muito, com isso há menos energia disponível para convecção, ou seja, com menos calor em suspensão no ar, a formação de cumulonimbus na região diminui muito. Dessa forma, é normal chover pouco em boa parte do centro-sul do Brasil durante o outono, algo que já é notado no final de março.

No final do referido mês, a Oscilação Antártica estará ligeiramente negativa, algo que deverá permitir a entrada de um pouco de ar polar na Região Sul do Brasil, com isso, algumas áreas do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina poderão registrar acumulados modestos de chuvas dentro do período de 26 de março a 01 de abril de 2023, de acordo com o modelo GFS do NCEP/NOAA.

Já para o Sudeste, grande parte da região com pouca ou nenhuma chuva dentro do período da previsão, com exceção para uma parte do litoral paulista que poderá registrar acumulados de até 65 mm nos próximos dias, grande parte de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro com pouca chuva dentro do intervalo entre 26 de março a 01 de abril.

Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso também com pouca chuva em grande parte de seus territórios.

Norte do Brasil com muita chuva em grande parte de seu território, mesmo com a atuação nos próximos dias, de uma onda planetária de energia em altos níveis na troposfera, associada ao sinal negativo para chuvas da Oscilação Maddem-Juliam. Assim com a Zona de Convergência Intertropical intensa, os acumulados de chuva na região serão elevados.

No Nordeste: a Bahia, Sergipe, Alagoas, centro-leste de Pernambuco e da Paraíba deverão registrar pouca chuva nos próximos dias, já no centro-oeste da Paraíba, chuvas irregulares com acumulados que poderão variar entre 35 e 55 mm poderão ocorrer. No Rio Grande do Norte, centro-norte do Ceará, norte do Piauí e centro-norte do Maranhão, acumulados significativos de chuvas estão previstos entre os dias 26 de março e 01 de abril, mesmo com a atuação na região de uma onda planetária de energia em altos níveis na troposfera, associada ao sinal negativo para chuvas da Oscilação Maddem-Juliam. Dessa forma, com o Atlântico Norte muito quente atualmente, o extremo norte do Nordeste será beneficiado com muita chuva nos próximos dias.

Físico e meteorologista Rodrigo Cézar
Créditos:
Modelo GFS – NCEP/NOAA
Imagem de Chil Vera por Pixabay

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