Geraldina Máxima da Silva
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A rotina diária da agricultora Geraldina Máxima da Silva, de 92 anos, não mudou apesar da idade. Cedo está no meio de hortaliças e fruteiras retirando as plantas daninhas e regando a plantação de pimentão, coentro, acerola, graviola, mamão, banana maça, macaxeira, coco, pinha, cajarana, romã, cebolinha e tomate, que se transformaram na principal ocupação depois que perdeu a capacidade de estar trabalhando no roçado.

Afrodescendente como toda a sua família, nasceu e viveu toda sua vida na Comunidade Pitombeira, no município de Várzea, nas proximidades de Patos e Santa Luzia, a agricultora Geraldina nunca se afastou da atividade agrícola. Quando percebeu que já não tinha condição para o cultivo da terra, passou para a produção de hortaliças, mesmo assim contando com o auxílio de familiares que ajudam no preparo e adubação do terreno. Para reduzir o consumo de água, ela utiliza o sistema de irrigação por gotejamento.

Integrante do grupo de agricultores assistidos pelo Projeto Ecoprodutivo Pitombeira, implantado pelo Governo do Estado por meio da Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater, vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, a agricultura ressalta que a ocupação na roça, cuidando de suas hortaliças e fruteiras, ajuda a manter-se ativa. Ela e sua família consumem uma alimentação saudável e parte da produção é comercializada na comunidade.

Seguindo as orientações técnicas do extensionista Washington Luiz Guedes, da Emater, dona Geraldina trabalha com o sistema de produção agroecológico de hortaliças, através de manejo adequado do solo, da água, das plantas, das pragas e doenças. Colocando em prática toda a experiência adquirida com as orientações que tem recebido, com a idade que tem, tornou-se um modelo de agricultora.

A comunidade – Na Comunidade Quilombola da Pitombeira são beneficiadas 65 famílias com as ações do Projeto Ecoprodutivo, onde foi feita a distribuição de 3.600 raquetes de palma forrageira para multiplicação dos campos e formação de bancos de proteína animal.

A comunidade também conta com uma estação meteorológica, ganhou um kit de energia solar, um automóvel para apoio à assistência técnica. Lá foi construída uma barragem subterrânea, foram perfurados dois poços e distribuídos oito reprodutores de caprinos e ovinos das raças Boer, Savana e Dorper.

Os agricultores receberam mudas frutíferas das espécies pinha, goiaba, caju, graviola, maracujá, coco, jaca e plantas florestais como pau d’arco, mororó, aroeira, jucá, cedro, catingueira, moringa, juazeiro, mulungu, saboneteira, jenipapo e sabiá, que vão ajudar na recuperação da vegetação. Também houve cursos de capacitação em várias modalidades, em sintonia com as necessidades da comunidade.

 

paraiba.pb.gov.br

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