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Xanxinha 7Tudo nela é diferente. A partir do nome pouco ou nada comum: Volffraniad Pinheiro Dias de Sá. O nome é diferente, mas o apelido não fica atrás: Xanxa ou Xanxinha.

Ninguém define melhor Volffraniad do que a própria Xanxinha ou ninguém define melhor Xanxinha do que a própria Volffraniad: “A alegria me veste”.

Vestida de alegria Xanxinha chama atenção aonde chega. Tudo o que ela traja, tudo o que ela usa, parece que foi feito na medida pra ela. Tudo lhe cai bem.

Volffraniad é graduada em Psicologia, dá aulas nos cursos de Psicologia, Direito, Biomedicina e Medicina das Faculdades Integradas de Patos; e trabalha também na Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano da Prefeitura de Areia de Baraúnas.

Xanxinha 11A professora gosta de se vestir com apuro, com exotismo, mas jamais com mau gosto. Sabe escolher bem o que usa. E isso acontece desde criança.

Ela tem duas irmãs. É a mais nova da casa e sua mãe sempre achou estranho porque as outras filhas não tinham muito estas características de se vestir de forma diferenciada. “Na época eu ia com meus pais fazer as compras no antigo Supermercado Primo e, quando minha mãe vinha perceber, eu já estava vestida de coelho da Páscoa”, brinca ela.

A mãe achava estranho, criticava, mas o pai a incentivava, dizendo: “Deixa a menina se vestir como ela quiser, pois criança pode”.

No caso de Xanxinha criança pode, adolescente pode e adulto também pode, pois ela cresceu experimentando roupas diferentes, brincos enormes, maquiagem exótica, chapéus e óculos os mais variados possíveis e penteados mil. Muda de visual todo dia, muda de visual da manhã para a tarde e, ainda assim, quando você vai ver, já não é a mesma. É outra. E sendo “outra” ela continua a mesma, a mesma Xanxinha de sempre, cheia de vida e vestida de alegria.

Xanxinha 6Na infância ela percebeu que se vestir diferente, se fantasiar, era uma forma de encontrar seu estilo, seu jeito de ser, e isso se fortaleceu na adolescência, ao pintar os cabelos, comprar roupas coloridas, fazer as próprias bijuterias e pintar os tênis com cores quentes, tudo para que suas roupas e seus adereços estivessem mais em sintonia com a sua personalidade.

Quando foi fazer seu curso superior na Universidade Federal da Paraíba, ela encontrou pessoas que agiam exatamente como ela. Foi uma surpresa para todos uma moça do interior se vestir daquela forma e isso a ajudou, pois a fez se sentir entre amigos.  “Encontrei muita gente parecida comigo e isso foi uma grata surpresa na minha vida e também por isso criei grande afinidade com a Psicologia, com a ideia das ciências humanas. Eu não me via aprisionada numa profissão que não pudesse permanecer mantendo esta minha essência e a Psicologia me deu isso de poder me manter desse jeito, de ser aceita profissionalmente. A ideia de dar aula, de ser professora, foi uma ótima escolha, pois os alunos são muitos receptivos. Eles adoram, fazem festa, e até se perguntam com qual a fantasia a professora Xanxinha vai aparecer na aula da saudade”, explicou.

Xanxinha 8Ao ser vista na rua ninguém fica indiferente à professora Xanxinha. É provável, claro, que um olhar mais tradicional ou conservador a reprove, mas a maioria aprova e a incentiva. Garotas que a encontram dizem que querem se vestir como ela e pedem conselhos de como comprar e onde comprar e outras dizem que gostaria, mas a mãe não concorda.

Xanxinha gosta do exótico, compra o que de mais inusitado encontra, mas tem, como já foi dito antes, bom gosto no que escolhe, além do mais seu look combina com a sua personalidade. Imagine se roupas exóticas, brincos enormes, cabelos coloridos vestissem uma alma triste, como ficaria? Destoaria. No caso dela tudo parece combinar, é uma integração entre físico e espírito. Nada a resume melhor do que essa frase: “A alegria me veste”.

Seleção de fotos da performática professora Xanxinha. Clique na foto para ampliá-la.

 

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

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