Foi realizado nesse domingo (29), no ginásio Cristo Rei em Patos, o retiro missionário da Diocese de Patos, com o tema “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída!”. O evento acontece em decorrência do ano missionário na Diocese e também marca uma das celebrações dos 60 anos de criação da Diocese, que será em julho de 2019, com o lema ‘Sessenta anos anunciando, celebrando e vivendo a alegria do Evangelho’. “Ide e Anunciai” (Mc 16,15).
O evento religioso começou às 8h com a fala do pastor diocesano Dom Eraldo Bispo da Silva, que agradeceu a todos os presentes, que eram mais de mil missionários. O bispo também destacou a importância de celebrar as inúmeras obras e conquistas ao longo dos 60 anos da Diocese. Lembrou com carinho e agradeceu aos bispos que construíram e contribuíram na evangelização da Diocese de Patos nesse período, como Dom Expedito, Dom Gerardo e Dom Manoel.
O segundo momento foi com o padre Expedito Caetano, pároco da Paróquia de São José do Bonfim, na cidade de São José do Bonfim. Padre Expedito é também Coordenador diocesano de Pastoral. Ele fez a Lectio Divina, que vem do latim e tem como significados a “leitura divina”, “leitura espiritual” ou ainda “leitura orante da Bíblia”. Trabalhou o texto bíblico de João 1; 36-51, que narra o encontro dos primeiros discípulos de Jesus.
“Os discípulos fazem de fato uma experiência vivencial com Jesus. A partir de situações diversas do chamado, mas tudo convergindo para esta experiência. Jesus vai caminhando, acompanhado dos discípulos, e ele então pergunta: ‘O que procurais? ’ Em vez de responder, os discípulos fazem outra pergunta: “Mestre onde moras”?” Jesus então responde: “Vinde e vede”. Esta experiência dos discípulos com Jesus é a experiência que nós todos batizados precisamos fazer hoje: ter esta experiência vivencial com Jesus; aprender dele e ter os mesmos sentimentos dele; além de levar esta experiência para os outros”, explica padre Expedito.
Já o padre Elias Ramalho é pároco da Paróquia de Santa Luzia, nas cidades de Santa Luzia e de Várzea. É também Coordenador do Conselho Missionário Diocesano (COMID). Ele explicou a passagem bíblica do diálogo de Jesus e a samaritana, em João Capítulo 4.
“É uma alegria falar com vocês, dizendo também da nossa alegria no nosso retiro missionário, na Forania das Espinharas, aprofundando a sua fé, a necessidade de sermos missionários mais ativos, mais eficazes. Os ciclos bíblicos são oportunidades importantes para nós fazermos esta experiência e proporcionarmos um encontro com Jesus e participar da vida de cristo, recebendo n comunhão da palavra e da eucaristia”, disse padre Elias.
Destacou e explicou três dimensões da fé vivida pela mulher nessa passagem:
Fé: o diálogo inicial de Jesus com a pessoa humana da mulher; segundo encontro foi religioso, pois Jesus não perguntou sua religião (que é instrumento), mas conduziu a mulher ao mistério; e terceiro a fé teologia, pois a mulher pergunta a Jesus, onde devemos a adorar a Deus? Jesus diz, ”eu sou o messias”. Diálogo da caridade, da solidariedade e do amor.
O encerramento do retiro foi com a Santa Missa às 15h presidida pelo Bispo Dom Eraldo e concelebrada também por 12 padres da Forania das Espinharas, vários diáconos e seminaristas.
O bispo Dom Eraldo explicou o Evangelho de João 6,1-15, que trouxe a passagem da multiplicação dos pães e peixe. O pastor diocesano diferenciou o que é um milagre e o que é um sinal. Para o bispo, o milagre serve para suscitar a fé do povo em Jesus; serve para que as pessoas efetivamente acreditem no Cristo. Já os sinais, que foram narrados pelo evangelista João, são 7 sinais, vamos lembrar alguns: A transformação da água em vinho, em Caná – Jo 2, 1-10; A ressurreição de Lázaro, Jo 11, 1-46 e a multiplicação de pães e peixes, Jo 6, 1-13. Dom Eraldo, disse que SINAIS, serve de modelo, prática para o povo vivenciar, portanto é algo para edificar a FÉ da COMUNIDADE no geral. O Bispo continua refletindo o Evangelho dizendo que Jesus é sensível ao sofrimento do povo, por isso é solidário, portanto Ele AGI e faz o “grande milagre” na COMUNIDADE (SINAL). Garantiu que o Brasil é um país rico, contudo falta partilha, falta coração de muitos que podem ajudar, mas não o fazem. “Não falta pão falta coração”. Lembrou que todos os Cristãos podem e devem praticar o bem, “os milagres”, quer seja na partilha, solidariedade e fraternidade junto aos irmãos. Destacou à importância do retiro missionário para Diocese de Patos, lembrou que a Diocese não vai celebrar os 60 anos.
“Pois já estamos celebrando, vivenciando os 60 anos da Diocese”, afirmou Dom Eraldo.Por fim parabenizou a todos que trabalharam para o sucesso do retiro e, também deixou uma mensagem de incentivo e entusiasmo para o clero e os missionários leigos e leigas. “Nossa Diocese é viva, não fiquemos orgulhosos com isso, mas com a alegre do Evangelho para continuar na missão de Cristo. Continuemos sempre melhorando, aprendendo, pois o aprendizado é permanente na missão do Senhor”, concluiu o bispo.
