Zezinho
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Dois dos quatro homens que vivem juntos numa casinha na Rua Euclides Franco e a irmã, que faleceu recentemente, em foto de novembro de 2017.

O popular José Colodino da Silva (Zezinho), conhecido na cidade por perambular nas feiras como pedinte, disse que não sabe quanto tempo faz que vive em Patos.

A família era meio que nômade, vivia de uma cidade para a outra, e ele veio para Patos com dois irmãos e uma irmã.

A irmã arrumou um marido em Patos, e todos, os três homens,  a irmã e o marido, passaram a morar juntos numa pequena casa na Rua Euclides Franco, na comunidade Vila Nova, também conhecida como Cangote do Urubu.

Recentemente a irmã, que era a pessoa que mais ajudava na casa, morreu. Os quatro idosos, que têm problemas mentais e outros problemas de saúde, vivem nessa casa sem os cuidados básicos com a higiene, com muita sujeira, gatos pra todo lado, e isso tem chamado atenção dos vizinhos, que há muito tempo cobram uma atenção das autoridades para com esses idosos.

Eles dizem que são de Caruaru-PE, mas perderam todo o contato com os familiares de lá. E isso há muito tempo, um tempo que eles não sabem precisar. Eles não têm documentos, vivem da caridade alheia e são meios arredios no contato com as pessoas.

A irmã, recentemente falecida, era conhecida na rua por criar dezenas de cachorros dentro de casa. Com a morte dela, segundo um vizinho, os cachorros deram lugar aos gatos.

Zezinho é o mais conhecido desses irmãos, por perambular nas feiras de Patos como pedinte. É tranquilo, fala pouco, mas disse que não sabe quantos anos tem, mas que já tem idade para se aposentar ou receber algum amparo do governo. Ele não tem um único documento para comprovar a idade, não sabe o ano em que nasceu, mas disse que já tem mais de 70 anos.

Apesar de Zezinho e seus irmãos viverem em situação de extrema pobreza, um boato corre solto em Patos de que ele, Zezinho, se passa por mendigo, mas é um homem de muitas posses. Nada mais distante da verdade. Ele é muito carente materialmente e, com a idade, já enfrenta muitos problemas de saúde. Ninguém sabe como essa história surgiu.

Um irmão dele, conhecido como Breguete, também pedinte, está doente e também não pode se aposentar ou conseguir um amparo do governo pelo mesmo motivo: a inexistência de documentos.

Recentes matérias publicadas na imprensa de Patos sobre a situação desses idosos fizeram com que leitores se sensibilizassem e alguns deles tomaram a decisão de ajudá-los. “Eles precisam muito de ajuda, pois são idosos, são doentes, não tem nenhum amparo social e algo precisa ser feito urgentemente”, disse um vizinho.

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Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com 

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