Tumulto, gritos da plateia, alteração de alguns vereadores e até a presença da Policia Militar e Guarda Civil, assim aconteceu a Sessão Ordinária para votação do pedido de investigação do prefeito afastado Dinaldinho e do vice e prefeito interino, Bonifácio Rocha.
A platéia presente, formada em sua maioria por secretários, funcionários municipais e moradores da cidade, atrapalhou o andamento da sessão, que teve de ser interrompida, devido às constantes manifestações.
O advogado Claudinor Lúcio esteve participando da sessão e fez uso da Tribuna para formalizar a denúncia.
Por 8 votos a favor e 7 contra, a Câmara de Vereadores de Patos acatou o pedido de investigação protocolado pelo advogado e ex-procurador do município, Claudinor Lúcio.
Votaram a favor do recebimento da denúncia: Fatinha Bocão, Ivanes Lacerda, Lucinha Peixoto, Gordo da Sucata, Dito, Góia, Ramon Pantera e Tide Eduardo.
Votaram contra o recebimento da denúncia: Cambirota, Paulinho, Cap.Hugo, Suélio Caetano, Toinho Nascimento, Ferré Maxixe e Diogo Medeiros. A vereadora Nadir se absteve da votação.
Após a votação desta quinta, vai ser formada a comissão processante composta por 3 vereadores (presidente, membro e relator) indicados pelos líderes dos partidos de maior representatividade na Câmara que irão analisar as denúncias e resolver se prossegue ou arquiva o processo. Sendo decidido pela continuidade do processo, encontrado as irregularidades pela comissão, a comissão terá 5 dias para notificar os denunciados e esses terão 10 dias para apresentar a defesa prévia para só depois, seguir para votação do pedido de afastamento.
“Seria um erro muito grande se a Câmara não acatasse essa denúncia de uma eventual desvio de dinheiro publico sendo jogado no ralo. Isso seria uma irresponsabilidade do Poder Legislativo em não tomar conhecimento da denuncia e mandar apurar. Não só Patos, mas todo o Brasil vive um grande momento na politica que ninguém esta acima da lei e toda denuncia deve ser apurada”, disse o vereador Ivanes Lacerda.
O presidente da Câmara, Sales Júnior, falou que o Poder Legislativo fez sua função e seguiu o rito do regimento interno.
“Na qualidade de presidente da Câmara apenas cumpri o rito que manda o regimento interno independente de qualquer partido, cor ou lado. Eu como presidente tenho que manter a minha postura. O rito foi mantido e o regimento interno da Câmara foi cumprido para poder garantir a legalidade do processo. Não julgamos o mérito da questão, apenas acatamos a denuncia, a Câmara não pode ser irresponsável de emitir algum mérito sem antes apurar e investigar e é isso que vamos fazer. Se a comissão processante que vai ser formada não encontrar provas suficientes que sustentem essa denuncia, ela será arquivada”, explicou.
O vereador Diogo Medeiros, líder do governo na Câmara, comentou o resultado. “Foi uma sessão bastante tumultuada. Votamos contrário porque eu, assim como alguns companheiros vereadores, acreditamos em Bonifácio Rocha, sabemos da sua honestidade, da sua idoneidade, da sua correção. Estamos firmes e fortes e vamos acompanhar esse processo, tenho certeza que a justiça será feita e vamos provar, através da nossa assessoria jurídica, que não há nada contra o prefeito Bonifácio Rocha”, disse.
A DENÚNCIA
A votação desta quinta(29), da Câmara Municipal de Patos, foi resultado do pedido feito pelo advogado e ex procurador do Município de Patos, Dr. Claudinor Lúcio, para que a Câmara aceitasse ou não o pedido de investigação do prefeito afastado Dinaldinho Wanderley (PSDB) e do vice-prefeito e atual interino Bonifácio Rocha (PPS).
De acordo com Dr. Claudinor, o prefeito afastado e o interino cometeram crimes de improbidade administrativa, crime de responsabilidade e crime político-administrativo. O advogado se baseia na ação do Ministério Público Estadual (MPE) que desencadeou a Operação Cidade Luz, a qual gerou o afastamento do prefeito Dinaldinho Wanderley, a utilização do carro locado pela prefeitura pela 1ª dama também entrou na fundamentação, dentre outras denuncias.
