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WhatsApp Image 2019 02 18 at 19.56.54Rede SertãoPB conseguiu a foto do homem que está sendo suspeito de, no início de agosto de 2018, aplicar um golpe e levar uma caminhonete D10 na cidade de Santa Luzia.

O suspeito se passou por comprador da D10 que estava à venda, e deu um cheque como pagamento, e que, depois de depositado o cheque, com a devolução do mesmo, se percebeu que se tratava de uma cheque roubado.

No extrato da conta da vítima mostrava o valor da D10  como depositado (esse era o modus operandi do suspeito, que inclusive, uma semana antes, aplicou o mesmo golpe em outra vítima da cidade de Prata-PB, sendo que, ambas as vítimas, tanto a de Santa Luzia quanto a da Prata, não perceberam que o valor ainda não estava liberado, justamente por conta do período de compensação, ou seja, a troca de informações entre os bancos (o cheque era de um banco e a conta das vítimas de outro).

DETALHE: O suspeito, quando roubou a D10, através de um golpe, em Santa Luzia-PB, esteve no dia 1° de agosto de 2018 para ver o carro (não se sabe se viu o anuncio pela internet ou se ia passando na BR 230 e viu a placa “vende-se” no e do carro), e voltou no dia seguinte, dia 02 de agosto de 2018, para pegar o veículo, pedindo inclusive que a vítima fosse confirmar o depósito.

O DETALHE é que ele veio, nos dois dias, da cidade de Patos, e num carro, com placa particular de Patos, um Ford Fiesta Sedam de cor preta, por essa razão, pode ser que alguém em Patos, pela foto, o identifique.

ENTENDA O CASO de Santa Luzia:

Homem é vítima de golpe de estelionato em Santa Luzia-PB

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A vítima anunciou um veículo, uma D10, de cor azul, pela internet.

Logo apareceu uma pessoa (presencialmente), que, identificou-se como sendo, o seu nome, “Almeida”, e que o veículo seria para um genro seu.

O fato aconteceu no dia 01 de agosto de 2018.

Detalhe: O possível estelionatário veio pessoalmente até a cidade de Santa Luzia.

A vítima não sabe dizer se ele viu o anuncio pela internet, ou se, ocasionalmente, vinha passando pela BR e viu o veiculo estacionado em um posto de gasolina (situado na saída para Patos) na própria cidade de Santa Luzia.

Esse detalhe se dá pelo fato de que, o possível estelionatário, já estava vendo o carro quando perguntou a um funcionário do posto de quem era o veículo, a D10, e coincidentemente, o dono, a vítima, vinha chegando ao local.

No veículo tinha uma placa de venda que chamava atenção de quem passava por Santa Luzia-PB na BR 230.

Mostrando-se interessado pelo veículo, que seria para seu genro, o “comprador” fez algumas propostas de valores, das quais, “comprador” e vítima não chegaram a um acordo.

O “comprador” permaneceu mantendo contato telefônico com a vítima, até que chegaram, por telefone, a um acordo quanto ao preço, que seria de 23 mil reais.

Modus Operandi

Estelionatário D10No dia seguinte, dia 02, ele veio até santa Luzia-PB, e disse à vítima que o dinheiro já estava na conta dele, e pediu pra que ele fosse ao banco para confirmar.

Ao chegar ao banco, à vítima tirou o extrato e confirmou o valor de 23 mil reais em sua conta, só que, a vítima não percebeu o nome “bloqueado” referenciando-se ao valor, ou seja, aos 23 mil reais.

Retornou ao posto e confirmou o recebimento em conta, e o “comprador” o pediu pra que ele levasse o carro até a rodoviária velha da cidade de Patos, local que marcaram pra se encontrar.

Se o dinheiro já estava na conta, não teria porque razão a necessidade da vítima levar o veículo até Patos, porém, o “comprador” o pediu para levar.

Na realidade, nesse horário, em que foi confirmado o “depósito”, por volta do meio dia, o cartório em Santa Luzia já estava fechado.

A vítima ainda sugeriu esperarem o cartório abrir para que se fosse feito o reconhecimento de firma do recibo do carro, porém,o “comprador” disse que estava com pressa, e foram para Patos pois o cartório lá estaria aberto.

O “comprador” ainda deu 50 reais à vítima para a gasolina do veículo. Um dos irmãos da vítima foi dirigindo  a D10, e a vítima foi em outro veículo seu, com outro irmão. A gasolina seria para custear a viagem no seu carro de passeio.

O “comprador”, alegando que o carro que ele estava, juntamente com um motorista, um Fiesta Sedan, de cor preta, placa de Patos, estava com problema, esquentando, e que não podia passar de 80 km por essa razão,  disse que iriam na frente e esperavam em Patos no local combinado, a rodoviária velha.

Esse mesmo carro, Fiesta Sedan de cor preta, placa de Patos, mesmo veículo e mesmo motorista, acompanharam o “comprador”, tanto no dia 1°, quanto no dia 02 quando vieram à cidade de Santa Luzia, e também, esse mesmo veículo e o mesmo motorista estavam na pracinha, em Patos, no momento em que a D10 foi entregue.

Ao chegarem na rodoviária, o “comprador” estava numa pracinha, ao lado da faculdade de Economia (FIP).

O “comprador” então fez sinal os chamando para pracinha.

Imediatamente, o “comprador” mandou que a vítima fosse com um mototáxi, que já estava o esperando, no local, até o cartório, e dizendo que o mototáxi sabia onde ir (no caso, o cartório).

A vítima então autenticou o documento do carro por volta das 13h30 em um cartório na cidade de Patos (Cartório Aldo Xavier). O mototáxi ficou do lado de fora, do cartório, esperando.

É possível que câmeras de segurança de estabelecimentos próximo à praça (Edifício Milindra, Boi Forte, empresa de segurança, que ficam próximos) que fica do lado da faculdade de Economia (FIP), tenham pego as imagens do “comprador”.

Também é possível que câmeras externas do cartório possam identificar o mototáxi. O mesmo pode fornecer informações que venha a ajudar na identificação do “comprador”, que até o momento, identificado apenas pelo nome “Almeida”.

Quando começou a perceber o possível golpe

No dia 03 de agosto de 2018, sexta-feira, a vítima começou a perceber que provavelmente, tenha sido vítima de um golpe.

O deposito foi feito na Caixa Econômica com um cheque do Banco Santander.

A vítima, orientada por um dos funcionários que o atendeu na agência da Caixa Econômica de Santa Luzia, como se tratava de uma transação de cheque de um banco para o outro (foi aí que a vítima percebeu que tinha sido um depósito em cheque, e não uma transferência), que o valor poderia está disponível na segunda. A vítima então esperou, até porque, nada poderia se fazer a não ser, realmente, aguardar.

Detalhe: Ele só descobriu que tinha sido um depósito em cheque na sexta-feira. No dia da transação, ele achou que tivesse sido uma transferência bancária, e que, de fato, o dinheiro já estivesse disponível na conta.

O cheque, que está em nome de empresários de Recife (conta conjunta), foi preenchido com a data do dia 02 de agosto de 2018. Muito provavelmente, preenchido na cidade de Patos no momento do depósito.

Foi ai que, na segunda-feira, a vítima descobriu que o depósito, que havia sido feito em cheque, tratava-se de um cheque do Banco Santander – Agência Recife-PE, e que o cheque tinha uma contra-ordem, e que o motivo dessa contra-ordem era o de número 25.

Geralmente esse motivo é cancelamento do talonário pelo titular da conta tendo como motivo, mais comumente, perda ou furto. Mas que também pode ser outro motivo.

A informação quanto ao real motivo, não ficou ainda claro para a vítima, nem pela Caixa, e nem tão pouco pelo Santander. A vítima foi até a agência do Santander em Patos, e lá, mesmo com o BO na mão, disseram que não poderiam dizer o real motivo porque se tratava de informação sigilosa.

(Sigiloso para o ladrão e o homem de bem que se lasque – Não vejo, nessa situação, porque não informar, CLARAMENTE, o real motivo.  Até porque, se os empresários foram roubados, quanto a talonário, acredito que esse motivo é informado ao banco, até acredito que seja necessário o BO. Antigamente, eu (signatário dessa matéria), me lembro que saia muito nos classificados dos jornais impressos, informações referentes a cheques roubados ou perdidos, justamente para que o comércio e as pessoas de um modo em geral, tivessem informações, em meios públicos, sobre cheques nessas condições acima relatadas, perdidos ou roubados. Ai a pessoa vai no banco do próprio cheque, com um BO na mão, e não obtêm uma informação clara.)

No dia seguinte a entrega o carro já foi transferido para outra pessoa em Juazeiro-BA:

O carro, que foi entregue por volta das 13 a 14 horas da tarde do dia 02 de agosto de 2018, na cidade de Patos, no dia 03 de agosto de 2018, ou seja, no dia seguinte, pode-se dizer que, em menos de 24 horas, foi transferido para uma pessoa na cidade de Juazeiro-BA.

São cerca de 570 km. Juntando-se a isso, além da viagem, essa distância, toda a burocracia de documentação que foi feita antes mesmo da vítima perceber que o valor não estava disponível em sua conta.

A vítima ainda ligou para o “comprador” e ele disse que iria resolver o problema. Depois, o telefone só chamava, e agora, o telefone só dá desligado.

Dificuldades enfrentadas pela vítima

A vítima tentou conseguir as imagens no posto de combustíveis de Santa Luzia, de acordo com o gerente do posto, o DVR estava com problemas e as imagens não foram registradas.

A vítima foi até Patos e tentou falar com estabelecimentos próximos à referida praça. Também a mesma desculpa.

A vítima foi até o Banco Santander e lá, mesmo com o Boletim de Ocorrência em mãos, não informaram o real motivo, alegando que se trata de informações sigilosas.

Ele também procurou a Caixa Econômica em Patos pra ver se tinha as imagens de quem fez o depósito. Também não obteve sucesso. Foi orientado que somente judicialmente.

Nem imagens de câmera, seja de comerciantes, seja do banco, nem confirmação pelo Banco Santander, do real motivo da sustação do cheque, nada.

A vítima também entrou em contato, por telefone, com a empresa pertencente aos empresários titulares do cheque, para confirmação de que de fato se trata de um cheque roubado. Uma funcionária confirmou e disse que mandaria o BO da sustação dos cheques. A vitima está aguardando esse BO confirmando.

Em alguns trechos da matéria, quando colocamos POSSÍVEL estelionatário, ou colocamos “comprador” entre aspas, possível golpe, é justamente pela falta de uma confirmação oficial que realmente ateste que o cheque é roubado, e dessa forma assim, oficialmente, se confirme o golpe.

De repente, colocamos como sendo um golpe e a pessoa aparece e paga o veículo, alegando um erro bancário ou atraso no depósito do dinheiro para que o cheque, o valor dele, pudesse ser devidamente liberado.

Inclusive, existem golpes onde estelionatários, articulam de tal forma que, os mesmos, acabem se passando por vítimas, e dessa forma, amparados na legislação, acabam cobrando indenizações de pessoas que, na realidade, seriam as verdadeiras vítimas.

Toda a narrativa desse fato, além de ajudar a outras pessoas a não caírem nesse tipo de golpe, também tem o intuito de, pelos relatos, de que se identifique o “comprador” que, até o momento, não se sabe quem é, sendo identificado apenas como “Almeida”, nome pelo qual ele disse se chamar. O nome pode ser outro.

E também, esses relatos, servem para mostrar as dificuldades que as vítimas têm no que se refere a, em situações semelhantes, identificar o acusado, nesse tipo de delito.

Além de serem vítimas, ainda tem que provar que de fato são.

Vejam as fotos do carro roubado na cidade de Prata, pelo mesmo suspeito de roubar a D10 em Santa Luzia (foto acima), com o mesmo modus operandi, usando cheques roubados do mesmo banco, e na sequência do mesmo talonário.

 

Henrique Melo –Rede SertãoPB

 

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