O deputado federal Wilson Santiago (PTB) apresentou, na última quarta-feira (22), dois projetos de lei na Câmara dos Deputados: o PL 3056/2019, que autoriza a criação da Universidade Federal do Sertão da Paraíba com sede em Sousa; e o PL 3057/2019, que autoriza a criação do Instituto Federal do Sertão Paraibano com sede em Sousa ou Cajazeiras.
Ambos os projetos aguardam despacho do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM). “Com esses novos projetos apresentados estamos vendo claras manobras do mesmo grupo que no passado tirou o curso de Medicina de Patos para Cajazeiras”, disse o estudante e idealizador do Instituto Federal do Sertão Paraibano, Pedro Jorge.
Sobre o desmembramento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), o PL 4389/2016, apresentado pelo ex-deputado federal e atualmente deputado estadual Wilson Filho (PTB), foi arquivado após o mesmo encerrar o mandato na Câmara. O projeto arquivado viabilizava a criação do Instituto Federal do Sertão Paraibano sem definir a sede da reitoria. “Como o PL anterior foi arquivado, Wilson decidiu agir para criar outro PL, que é o de nº 3057/2019, que define a reitoria em Sousa ou Cajazeiras. Com isso, Patos pode ficar prejudicada”, continuou Pedro.
Já sobre o desmembramento da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), existe o PL 1496/2011, de autoria do deputado federal Hugo Motta (PRB), que continua tramitando e atualmente se encontra na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) aguardando o parecer do relator, o deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA), e viabiliza a criação da Universidade Federal do Sertão da Paraíba com a sede da reitoria em Patos. Wilson Santiago bem que tentou desarquivar o projeto, mas o pedido foi indeferido em 26 de fevereiro por ele não ser o autor da proposição. “O projeto de Hugo Motta está adiantado e perto de ir para Senado, mas Wilson, em outra tentativa de tirar outra reitoria de Patos, apresentou o PL 3056 que direciona a reitoria para Sousa. Não podemos ficar de braços cruzados esperando Patos ser atingida. Precisamos do apoio do povo e da classe política”, finalizou o jovem estudante Pedro.
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