A desilusão com a classe política no Brasil é quase generalizada por parte da população, e isso, naturalmente, gera na sociedade uma expectativa enorme nas pessoas que não são políticos de profissão. A bola dá vez é apostar em alguns padres bem-sucedidos da Diocese de Patos como possíveis salvadores da pátria.
Baseado nesta pertinente temática, o Blog do Jordan Bezerra foi investigar de perto quem são os padres da Diocese de Patos que, a preço de hoje, são cotados para serem candidatos a prefeitos em 2020. Quais as cidades da Paraíba que reivindicam o SIM deles? E, o principal, o que disseram os sacerdotes?
Esta semana a reportagem ouviu os três padres cotados a serem candidatos a prefeito em 2020; Padre Luciano de Morais, Padre Erivaldo Alves e Padre Fabrício Dias Timóteo.
Padre Erivaldo Alves Ferreira tem 13 anos de ordenação e trabalhou por 9 anos na Igreja de São José de Espinharas, sendo o primeiro padre, onde preparou a Comunidade para ereção da Paróquia. Atualmente é pároco de São João Batista, na cidade de Olho D’Água-PB.
Padre Erivaldo Alves afirmou que foi mencionado para ser candidato a prefeito em São José de Espinharas-PB, mas declarou que a sua missão, no momento era outra. Ele não descartou a possibilidade de ingressar na vida política.
“Essa questão de ser candidato a prefeito em São José de Espinharas já vem rolando há muito tempo, pois as pessoas queriam que eu fosse candidato desde a antepenúltima eleição já cogitavam o meu nome. Eu fiquei sabendo que em uma reunião das lideranças políticas e questionavam quem poderia ser candidato, e disseram que, com certeza, Padre Erivaldo era o nome mais cogitado. Na época eu fiquei muito triste, pois o meu trabalho não era esse, mas sim organizar feiras, juntamente com a igreja; nós tínhamos um trabalho muito bonito. Eu até seria candidato, caso a cidade estivesse realmente em uma situação deplorável e sem ninguém para pôr ordem”, contou padre Erivaldo.
Padre Fabrício Dias Timóteo completou em janeiro de 2019, 10 anos de ordenação. É um sacerdote muito carismático e querido na Diocese de Patos. Atualmente é pároco da cidade de Taperoá. Padre Fabrício agradeceu por ter sido cogitado como candidato a prefeito de Patos, mas disse que a sua vida é voltada para apascentar as ovelhas de Jesus Cristo, embora reconheça a importância de ser lembrado pelo povo.
“Quero dizer que o fato de o meu nome ser lembrado, recordado, é sempre uma grande satisfação para todos nós, ao mesmo tempo uma imensa responsabilidade. Entretanto, preciso dizer que a minha missão primordial nesse momento é a evangelização, a catequese; levar as pessoas a fazerem um encontro com a pessoa de Jesus, que transforma e dá um novo sentido a cada um de nós. Portanto, a minha gratidão a todos que lembram do meu nome e recordam da nossa história de luta por uma sociedade mais justa, mais fraterna e igualitária. Mas reforço a minha convicção de que, no momento, prioritariamente, a minha missão é apascentar as ovelhas de Jesus Cristo”, declarou padre Fabrício.
Padre Luciano Dias de Morais é doutor da Igreja e bastante experiente, pois em dezembro de 2019 completará 33 anos de sua ordenação. Fez um trabalho valoroso na paróquia de Taperoá, por 5 anos. Atualmente é vigário na Paróquia de Santa Terezinha, em Santa Terezinha-PB.
Já o Padre Luciano de Morais contou que foi convidado para ser candidato a prefeito, mas que teria conversado com amigos da igreja e com o bispo, em seguida decidiu ficar de fora. Ele lembrou que a política está manchada e precisa ser melhorada.
“O pessoal em Taperoá veio falar comigo para sair como candidato a prefeito da cidade. Mas eu acabei não aceitando. Na época eu conversei com o bispo, com alguns padres, e vi que não era bem isso que Deus queria de mim. Eu agradeci o convite e a lembrança ao meu nome. Creio que a missão do padre é muito mais, eles têm uma missão sublime de evangelizar. A política, infelizmente, está muito suja, muito mal vista, e nós precisamos melhorar a política, de leigos e leigas que tenham coragem de assumir, na política, a missão de administrar e fazer bem feito a coisa pública”, expressou padre Luciano.
