Compartilhe!

Desde 2013 que os hospitais públicos do país devem ofertar assistência integral a pacientes vítimas de violência sexual. Isso é o que preconiza a Lei 12.845. Na Maternidade Dr. Peregrino Filho, de Patos, essa questão é levada muito a sério, tanto que a equipe é frequentemente treinada para atuar nessas circunstâncias, ofertando um serviço que estimule a empatia, a solidariedade, o acolhimento humanizado e sobretudo um serviço eficiente e de qualidade para pacientes que sofreram violência sexual. Nesta quinta-feira (19), houve uma capacitação neste sentido para os colaboradores recém contratados e também para outros funcionários que sentiram a necessidade de se atualizar.

A capacitação aconteceu no auditório do Banco de Leite e foi conduzida pela Psicóloga, Tuanny Dantas e pelo Farmacêutico, Rodrigo Jefferson, que integram a Comissão de Violência Sexual da unidade. “Atualizamos nosso pessoal em relação às políticas nacionais mais recentes, como se dá o fluxo de atendimento, quais intervenções precisam ser feitas nestes casos de violência sexual, qual a importância desse atendimento obrigatório e outras questões inerentes a essa temática”, explica a psicóloga. Thuany. Ela lembra que a Maternidade é um serviço de referência e que esse atendimento precisa ser diferenciado, ininterrupto e realizado 24h, por uma equipe multidisciplinar.

O farmacêutico Rodrigo Jefferson falou sobre as profilaxias para HIV, infecções sexualmente transmissíveis e hepatites para vítimas de violência sexual atendidas na Maternidade. Foi apresentado os medicamentos que são utilizados durante o tratamento, o fluxo de dispensação e orientações a serem discutidas com a pessoa exposta a essa violência. “Essa intervenção se faz necessária para evitar que a vítima de violência sexual adquira uma doença transmitida pelo agressor, tanto o vírus HIV como outras infecções sexualmente transmissíveis que podem ser evitadas com essa assistência imediata”, explica Rodrigo, lembrando que todas as profilaxias adotadas na Maternidade seguem protocolos do Ministério da Saúde, que são obrigatórios em toda a rede de atendimento do SUS.

O diretor geral da Maternidade, Dr. Umberto Marinho Júnior, reitera a importância da equipe da unidade estar preparada para atender casos desta natureza e da paciente buscar atendimento o mais rápido possível. “É preciso saber identificar e mais ainda tratar de forma adequada e imediata as pacientes que apresentem sintomas que possam estar relacionados ao abuso e à agressão, possibilitando, dessa forma, um atendimento integral e de qualidade. E é isso que essa capacitação busca, além, é claro, de disponibilizar um serviço que acolha essa paciente com humanização a fim de minimizar os traumas oriundos dessa violência”, destaca o médico, lembrando que a Maternidade mantém uma Comissão de Violência Sexual que tem justamente esse desafio cotidiano. Dr. Umberto reitera que é imprescindível que as vítimas busquem assistência o mais rápido possível e que essa assistência passa ainda pela Delegacia da Mulher e por um acompanhamento psicossocial.

Assessoria

Deixe seu comentário