Girafa branca (Imagem: Divulgação/Reserva Ishaqbini Hirola)
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A única girafa branca fêmea do Quênia e seu filhote de sete meses foram abatidos por caçadores, segundo confirmado hoje por guardas florestais da reserva ambiental Ishaqbini Hirola, na região de Ijara, leste do país africano.

Os restos mortais da mãe e o filhote foram encontrados na última quinta-feira (5), após o Kenya Wildlife Service atender a um chamado da comunidade local, que denunciou não ter visto as girafas brancas em muito tempo. As autoridades, de acordo com o canal de notícias CNN, estimam que os animais foram mortos há pelo menos quatro meses.

“É um dia triste para a comunidade e para o Quênia como um todo. O assassinato das girafas brancas é um golpe nos passos dados pela comunidade na preservação de espécies raras e únicas, e um alerta para a importância do apoio contínuo aos esforços de conservação”, disse em nota Mohammed Ahmenoor, administrador da Ishaqbini Hirola.

Os caçadores, segundo divulgado pela emissora britânica BBC, ainda não foram identificados. A Sociedade Protetora dos Animais do Quênia afirmou que vai investigar os assassinatos.

As girafas brancas foram vistas pela primeira vez no país apenas em março de 2016. A caça fez com que cerca de 40% da população praticamente desaparecesse nos últimos 30 anos, indo de 155 mil em 1985 para 97 mil em 2015, segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

As girafas brancas têm essa coloração não por albinismo, mas sim por uma condição conhecida como leucismo. Animais com leucismo continuam a produzir pigmento escuro nos seus tecidos moles, como os olhos.

“É uma perda de longo prazo, uma vez que os estudos em genética, feitos a partir de um investimento significativo de pesquisadores, foram para o ralo. Fora que a girafa branca também era um grande impulso ao turismo na área”, lamentou Ahmednoor.

rara girafa branca e vista em reserva ambiental no quenia
Filhote também foi assassinado; autoridades, segundo a CNN, estimam que os animais foram mortos há pelo menos quatro meses (Imagem: Divulgação/Reserva Ishaqbini Hirola)

UOL

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