Recuperado da infecção por coronavírus, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), voltará a comandar os trabalhos na Casa nesta sexta-feira (3), informou sua assessoria, em nota.
Alcolumbre estava de quarentena há 15 dias em Brasília após ser detectado com a covid-19, doença causada pelo coronavírus. Segundo o Senado, ele realizou dois novos testes para o vírus e ambos os resultados foram negativos.
Enquanto se recuperava, o Senado foi comandado pelo vice-presidente da Casa, senador Antonio Anastasia (PSD-MG). Em meio à pandemia, os principais trabalhos do Senado têm sido as sessões remotas para votar matérias em regime de urgência.
A maioria dos senadores tem trabalhado de casa nos respectivos estados para não serem contaminados e evitarem aglomerações em Brasília. Além de Alcolumbre, os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Prisco Bezerra (PDT-CE) foram infectados pelo coronavírus.
“Davi Alcolumbre reassume o comando do Legislativo brasileiro convicto de que a epidemia do novo coronavírus deve ser tratada de forma responsável por todos, cidadãos e políticos. O senador reforça a necessidade de isolamento social e a prática de medidas de prevenção à doença. O Parlamento não vai parar, continuará funcionando e fazendo a sua parte”, disse, em nota.
O presidente do Senado tem defendido o isolamento social e, no final de março, repudiou a atitude do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de defender a volta à normalidade, atacar a mídia e governadores, e minimizar a covid-19. Na época, Alcolumbre disse que o país precisa de uma liderança “séria”, entre outras críticas.
O Senado votará amanhã projeto de lei que prevê mudanças em relações de consumidores durante o estado de calamidade causado pela pandemia do coronavírus, como a suspensão do pagamento de aluguel de imóvel em zona urbana, impossibilidade de despejo até a renúncia ao direito de arrependimento em serviços de delivery.
O projeto será relatado no Senado pela presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, senadora Simone Tebet (MDB-MS). Segundo a senadora, o artigo sobre a suspensão dos aluguéis deverá ser retirado do texto.
Luciana Amaral – UOL