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O prefeito de São Mamede, Umberto Jeferson, negou hoje que sua gestão tenha oferecido sem critérios kits com cloroquina como foi noticiado por setores da imprensa. “Foram fake news”, disse ele ao ParlamentoPB. Segundo o gestor, que entrou na mira do promotor Uirassu de Melo pela polêmica envolvendo o medicamento, a prefeitura está oferecendo kits para os pacientes diagnosticados com a Covid-19, que somam 6 casos até agora, mas o tipo de remédio depende da prescrição médica: “Até agora, nenhum dos médicos prescreveu cloroquina e, por isso, não entregamos isso a ninguém. Temos ofertado azitromicina, vitaminas, dipirona…”

Umberto, que é médico, descartou a orientação de uso da substância para todos os casos de coronavírus, como chegou a ser divulgado. O prefeito disse que a cloroquina é apenas uma entre várias opções à disposição dos médicos e ressaltou que os kits de tratamento são dispensados apenas a pacientes atendidos pelo Hospital Regional Janduy Carneiro, de Patos, referência para o Covid-19 na região.

“Estamos seguindo os protocolos de autoridades de saúde do Brasil. Isso quer dizer que o kit de São Mamede não é único, mas individualizado a partir de cada prescrição médica e cada conduta terapêutica”, disse Umberto. O paciente também terá que assinar a opção pelo tratamento com a cloroquina.

Efeitos colaterais – De acordo com as evidências mais sólidas que existem até agora, a cloroquina e seu derivado, hidroxicloroquina, não exercem influência na mortalidade de pacientes por covid-19.

Assim como outras substâncias, a cloroquina e a hidroxicloroquina são algumas entre várias que estão sendo testadas agora contra a covid-19.

Por já serem usados para outras doenças, os efeitos adversos clássicos dos medicamentos, quando não associados a covid-19, já são conhecidos. Os mais relevantes são relacionados ao sistema cardiovascular — os medicamentos podem acelerar o ritmo do coração.

Segundo o documento da Sociedade Brasileira de Infectologia, outros efeitos adversos são retinopatias, hipoglicemia grave e toxidade cardíaca. Por isso, é “exigido contínuo monitoramento médico dos indivíduos em uso da cloroquina ou hidroxicloroquina”. Outros efeitos colaterais possíveis são diarreia, náusea, mudanças de humor e feridas na pele.

ParlamentoPB

 

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