O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) publicou na noite deste domingo (21), em uma rede social, que Frederick Wassef não é mais seu advogado de defesa.
A TV Globo apurou que Wassef foi afastado da defesa de Flávio por uma decisão da família Bolsonaro. No entanto, em sua rede social, o parlamentar disse que a decisão partiu do próprio Wassef e que ele foi contrário a ela.
O senador elogiou ainda a “lealdade e a competência” do defensor e afirmou que ele deixava a causa mesmo estando ciente “de que nada fez de errado”.
“A lealdade e a competência do advogado Frederick Wassef são ímpares e insubstituíveis. Contudo, por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao Presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado”, escreveu Flávio Bolsonaro.
O afastamento de Wassef ocorreu dias após a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, em um imóvel que pertence ao advogado em Atibaia, no interior de São Paulo.
No sábado (20), o advogado disse que o presidente Jair Bolsonaro e seu filho Flávio não sabiam onde estava Queiroz. Wassef afirmou ainda que Queiroz não morava na casa de Atibaia e negou que o tivesse escondido ou o monitorasse.
O ex-assessor é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser o operador de um esquema conhecido como “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na época em que ele era deputado estadual na Assembleia do Rio (Alerj).
Por esse esquema, segundo a apuração, os funcionários devolviam parte dos salários ao parlamentar, e o dinheiro era lavado por meio de uma loja de chocolate e de imóveis.
À Polícia Civil, um dos caseiros que estavam na casa em Atibaia no dia da prisão afirmou que Queiroz morava no local havia cerca de um ano.
Wassef, porém, afirmou no sábado que o ex-assessor não morava na casa de Atibaia. “O Queiroz não mora lá. O Queiroz estava no Rio de Janeiro. As pessoas que estavam lá dizem que ele chegou há menos de 4 dias”, disse.