Em meio à pandemia do novo coronavírus, os brasileiros poderão observar, na noite desta quarta-feira (29), a chuva de meteoros “Delta Aquarídeos”. O fenômeno ocorre anualmente e, desta vez, pode haver até 20 meteoros por hora no céu.
A chuva de meteoros será visível a partir das 21h (veja como conferir abaixo). O professor de física e astronomia da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Brito, explica que a noite desta quarta-feira é considerada o “pico”, mas o fenômeno poderá ser visto até o dia 23 de agosto.
“A partir de hoje, o número de meteoros por hora vai diminuindo, e o tamanho também.”
Conforme Brito, o fenômeno é formado por destroços de cometas. “Os cometas, ao fazerem a órbita em torno do Sol, deixam um rastro de matéria para trás, que continua também em órbita em torno do Sol. Quando a Terra passa por esta região, muitos destes destroços são atraídos pela gravidade, tornando possível a sua visualização”, explica.
O especialista conta que não se sabe, ao certo, qual o cometa que deu origem a chuva de meteoros “Delta Aquarídeos”, mas acredita-se que o fenômeno é originário do cometa 96P/Machholz.
Como conferir o fenômeno
Segundo o professor da UnB, o fenômeno poderá ser visto em todo o Brasil. No entanto, Paulo Brito destaca que a melhor visão é em ambientes sem muitas luzes.
“Basta uma cadeira confortável, um horizonte limpo, casaco, cachecol e uma máquina fotográfica ou celular”.
O astrônomo destaca ainda que, nesta quarta, a lua deve brilhar bastante, podendo atrapalhar a visão. “A lua irá se pôr às 2h48 da madrugada, sem o brilho da lua, ficará mais fácil. Nesta hora, Delta Aquarídeos estará quase no alto do céu”.
Cometa Neowise
Na semana passada, o Distrito Federal recebeu também, o cometa “Neowise”, que apareceu no hemisfério norte no início de julho. O fenômeno foi descoberto no final de março pelo satélite Neowise, da Agência Espacial Americana (Nasa).
Segundo a Nasa, o Neowise é um dos poucos cometas do século XXI que podem ser vistos a olho nu. Ele se tornou visível em 3 de julho quando atingiu o periélio, ponto de sua órbita mais próximo do Sol.