Aline Dantas foi morta depois de sair de casa para comprar fraldas em Alumínio — Foto: reprodução/TV TEM
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O preso Heronildo Martins de Vasconcelos confessou à Justiça a morte da jovem paraibana de Riacho dos Cavalos, Aline Silva Dantas, de 19 anos, em Alumínio (SP), quando a vítima saiu de casa para comprar fraldas para a filha. O réu também chorou na audiência de instrução, realizada no fim de agosto.

Segundo apurado pelo G1, o réu declarou durante o interrogatório que não agrediu a vítima e que houve “um lapso de consciência” no momento do crime e que só teve ciência do assassinato quando Aline estava sem vida. “Não tem o que dizer, simplesmente aconteceu”, afirmou.

Aline foi encontrada morta três dias depois de desaparecer, em setembro do ano passado, quando saiu de casa para comprar fraldas. O corpo estava em uma área de mata e parcialmente queimado sob troncos de árvore.

O Ministério Público também se manifestou e pediu para que o preso vá a júri por homicídio qualificado.

O marido de Aline Silva Dantas também foi ouvido na primeira audiência de instrução do caso, realizada no dia 28 de agosto. À TV TEM, João Vitor de Almeida contou que após quase um ano do assassinato da mulher ainda está abalado com o crime.

“Volto a lembrar tudo, porque estou esperando a Justiça para dar a sentença final. Espero que ele fica mais de 30 anos preso pela crueldade”, disse.

O réu Heronildo Martins de Vasconcelos, de 45 anos, foi preso em casa depois que a polícia identificou o DNA dele no corpo da vítima. Anteriormente, ele havia negado envolvimento no crime.

Robson Cavalieri, o advogado do réu, foi nomeado pela Defensoria Pública e pediu que fosse realizada a complementação da perícia técnica sobre o DNA e a identificação e sobre a saúde mental do acusado.

“Quanto à autoria, os indícios não foram suficientes para garantir a participação do mesmo na morte da vítima, pois não há provas do que aconteceu entre o tempo em que o mesmo seguiu o mesmo caminho da vítima e encontrou-a em seus braços, pois teve um ‘apagão’ em sua memória”, alegou.

Relembre o caso

Conforme a polícia, após matar e estuprar Aline, no dia 8 de setembro, Heronildo foi para um velório na cidade onde ficou até a manhã do dia seguinte. Ele deixou o local por volta das 6h e teria furtado uma embalagem de álcool em gel.

De acordo com a delegada Luciane Bachir, Heronildo foi o principal suspeito desde o início. A polícia informou que a vítima e o homem não se conheciam e o crime não teria sido premeditado.

Heronildo tem passagem por tentativa de estupro em 2012, também em Alumínio. Na época, o ataque à vítima foi parecido com o de Aline: na rua e em local sem movimento.

Imagens

Câmeras de segurança registraram Aline entrando em uma farmácia para comprar fraldas para a filha. Em outras imagens, ela aparece caminhando pelas ruas da cidade, sempre sozinha.

Em outra imagem conseguida pela polícia, Aline aparece caminhando e sendo seguida pelo suspeito.

Segundo a polícia, o corpo de Aline foi identificado com base nos traços da vítima e de pedaços do vestido que ela usava no dia do desaparecimento.

No dia seguinte ao encontro do corpo de Aline, em 12 de setembro, policiais encontraram um artefato explosivo na área onde foi localizado o corpo de Aline. A polícia informou que o artefato foi deixado no local depois que o corpo foi encontrado e não há relação com o crime.

O velório da jovem foi realizado na manhã do dia 12 de setembro. Ela foi enterrada no cemitério municipal.

G1 SP

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