Heineken (Foto: Getty Images)
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A direção da Heineken no Brasil está com um problemão para resolver. O direito de exploração de água que abastece sua maior planta no país, em Alagoinhas, na Bahia, foi revertido em favor do empresário Maurício Britto Marcellino da Silva e pode culminar na inoperância da unidade. Depois de 26 anos, o empresário baiano conseguiu na Justiça uma vitória sobre a Agência Nacional de Mineração que refaz todo o processo de licitação desses direitos de exploração.

Agora o imbróglio chegou até a direção da companhia na Matriz, na Holanda. Nas últimas semanas, uma série de reuniões entre os administradores daqui — a maioria oriundo da antiga Kaiser — e de lá foi realizada para tentar encontrar uma solução. Uma delas: importar água de outro lugar é inviável. O produto pioraria e ficaria extremamente cara a operação. A segunda é tentar na Justiça manter os direitos, porém, a decisão homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) deixa claro que a Heineken não faz parte do processo, exclusivo ao empresário e a ANM. E como transitou em julgado, não cabe mais recurso à agência. A terceira saída é comprar os direitos de Marcellino da Silva.

Já tem até valor: 900 milhões de reais, segundo um estudo realizado pela consultoria Duff & Phelps. Como comparação, a Heineken pagou pela Brasil Kirin — antiga dona da fábrica — cerca de 2,1 bilhões de reais, em 2017.

Na terça-feira, 07, a assessoria da Heineken enviou o seguinte e-mail para a imprensa sobre o assinto:

“Sobre a matéria veiculada em 02 de outubro de 2020, a respeito de sua Cervejaria em Alagoinhas (BA), o Grupo HEINEKEN no Brasil nega que tenham acontecido reuniões a respeito desse tema com a matriz da Companhia. Além disso, o Grupo reforça que não existe a possibilidade de fechamento da Cervejaria, sob nenhuma hipótese. Reiteramos que não há decisão judicial ou administrativa que impacte essa condição e que seguiremos trabalhando na defesa de nossos direitos, seja na esfera administrativa ou judicial, tomando todas as medidas legais que julgarmos apropriadas”.

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