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Lançando a sua primeira obra infantil, o jornalista e artista visual Júnior Misaki apresentou em suas redes sociais o livro “Clarice e a Andorinha” escrito neste período de pandemia, na qual o artista faz uma reflexão sobre o novo padrão do conceito “família”, em uma perspectiva de inclusão e diversidade.

A narrativa conta uma aventura de uma menina chamada Clarice, filha de mãe solteira e que também é criada pelo seu avô, a menina na volta da escola encontra uma andorinha caída no chão, onde o passarinho conta que caiu do ninho e pede a sua ajuda para leva-lo de volta para o seu lar. No meio do diálogo, o pequeno pássaro conta que é criado por duas mães andorinhas, que o acolheu depois de uma forte chuva, pois tinha sido abandonado pelos seus pais biológicos. A menina fica curiosa e aprende um novo significado para o sentido de “amor familiar”, percebendo isso na relação da Andorinha com as suas duas mães.

“Tenho muitos alunos que não se enxergam no conceito tradicional de família só entre ‘mamãe e papai’, algumas delas são criadas por seus avós, tios, e até por outros formatos de estrutura familiar como duas mães ou dois pais. Escrever esse conto me fez refletir na história delas e passar para a sociedade que família é quem lhe educa, quem lhe protege e cuida de você, ou seja, torce pelo seu melhor”, comentou o autor.

“Muitos pais e educadores tem procurado materiais para mostrar aos seus filhos um conceito de família sem preconceito, mostrando a diversidade dos diferentes formatos que existe, e pensando nesta perspectiva foi que surgiu “Clarice e a Andorinha”, na qual tive um cuidado não apenas na escrita, mas no visual das ilustrações para poder gerar algo que fosse atrativo para a leitura visual das crianças”, destacou.

A obra tem 20 páginas, no formato 14X21cm, colorida, e está sendo divulgada pelas redes sociais do artista, que relata está sendo afetado com a distribuição por causa da pandemia. “Infelizmente não conseguimos fazer um momento literário presencial devido à pandemia, mas estamos disponibilizando a obra de forma física e digital para as pessoas possam ter acesso à leitura, já que muitos pais e educadores estão me procurando interessados em saber mais sobre essa obra, e este reconhecimento me deixa muito feliz”, explicou o artista.

A obra foi revisada pela professora doutoranda Maria José Fernandes da rede estadual de educação do Rio Grande do Norte e teve o prefácio pelo professor pós-doutor e jornalista Rubens Elias da UFOPA no Pará. Júnior Misaki é paraibano, natural da cidade de Patos, e há 20 anos integra movimentos culturais, com trabalho na área das artes visuais, teatro e audiovisual.

“As duas aves, as mães de adoção da andorinha, nos faz refletir que o melhor lugar que vivemos é aquele onde somos acolhidos e vistos como gente. Clarice nos convida a voltar à infância e a refletir do quanto perdemos daquela ingenuidade rica e plena de possibilidades! E essa personagem nos faz acreditar que um mundo mais humano é possível”, comentou o jornalista Rubens Elias.

O artista Junior Misaki é mestre em Artes pela UFRN, com formação em Artes Visuais, Jornalismo e Pedagogia, atuando há 16 anos como arte-educador pela Paraíba e no Rio Grande do Norte.

Assessoria

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