Compartilhe!

Apesar do drama e da angústia vivida por ela e por toda a sua família, quando descobriu a origem de nódulos no pescoço e a incerteza do que seriam, a jovem Izabel Íris Henrique de Moura, de 22 anos seguiu firme e confiante para a realização de ultrassom e, posteriormente, da biópsia. O resultado não foi o esperado e desejado, foi confirmada a presença de um Linfoma ou Doença de Hodgkin, um tipo de câncer, que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo. Mesmo tendo o exame confirmado, a jovem não desanimou e segue confiante na luta contra a doença. . “Descobri quando apareceram os nódulos  no meu pescoço. Eles eram bem visíveis e palpáveis. Daí, eu fui bater ultrassom pra ver, e depois fui fazer biópsia”, explicou.

A princípio, Izabel Íris tinha medo de muitas coisas. Tinha medo de morrer ou de ter que abandonar os estudos. Ela cursa de Direito da FAFIC, em Cajazeiras. No entanto, sempre de cabeça erguida, ela arrumou forças para enfrentar a doença e a sua coragem se tornou um símbolo de luta contra o câncer.

Ciente de que passaria por dias árduos, a jovem não desanimou e começou o tratamento. No início, muito enjoo, náuseas e dor no estômago, em decorrência do uso dos medicamentos que teria tomar durante as sessões de quimioterapia a que fora submetida. “Eu sinto muitos colaterais pelo uso dos medicamentos, que são muito fortes. Mas em relação aos nódulos que tinham no pescoço a médica faltou que já diminuíram muito”, exclamou a jovem, durante contato com Gilberto Angelo, do Vale do Piancó Notícias.

Izabel Íris já foi submetida à quinta das 12 sessões de quimioterapia a que terá que fazer. Atualmente ela vem recebendo as sessões a cada 15 dias, no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa. Mas, segundo ela, em decorrência da falta de medicamentos na unidade hospitalar, seu tratamento terá que ser transferido para uma unidade de saúde particular.

Logo que recebeu o contato da reportagem, a jovem se dispôs a contar sua história, que essa seria uma forma de encorajar outras pessoas acometidas com a doença. “Fico feliz, pois quero compartilhar minha história com muitas pessoas e ajudar com tudo isso. Nunca me omitir em falar sobre a doença, que fui diagnosticada. Minha vontade é encorajar e ajudar várias pessoas, que passam por isso ou sofrem com alguém próximo”, ressaltou.

 Para a jovem, o sofrimento, a angústia e a incerteza do início serviram de combustível para lutar contra a doença. “Vai ser uma grande vitória, em dose dupla. Pois não parei a faculdade, continuo estudando e dando pra conciliar. Não vejo a hora disso tudo passar. Eu vou vencer sim, se Deus quiser!! Não está sendo nada fácil, é uma grande luta, pois preciso me deslocar em 15 em 15 dias para João Pessoa. Mas Deus me mostra que não é impossível, e nessa hora me vejo com muita força e coragem para prosseguir”, finalizou a jovem..

Parte superior do formulário

Linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo.

O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino.

A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres.

A incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível atualmente.

Gilberto Ângelo – Vale do Piancó Notícias

Deixe seu comentário