Os hospitais são locais onde as pessoas se encontram em diferentes condições econômicas, sanitárias, familiares e sociais. E estes contextos impactam diretamente na saúde psicológica e nas condições que o paciente possui para realizar seu tratamento. E isso exige a presença de um profissional que atue junto com a equipe médica, com um olhar crítico mais direcionado à situação social destes pacientes, desempenhando atividades que analisam e prestam apoio à pacientes e seus familiares, durante todo o tratamento e até a alta. Esse profissional é o Assistente Social. No Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC) há oitos profissionais que exercem essa função, sendo dois diaristas e os demais plantonistas. No próximo dia 15 é comemorado o Dia do Assistente Social, mas, as comemorações na unidade serão antecipadas para a sexta-feira.
O evento comemorativo terá um momento de palestra sobre o tema “A importância do Assistente Social no Âmbito Hospitalar” que será abordado pela Assistente Social, Joserivânia Batista Leite e pela psicóloga, Maria Gorete Rezende. A atividade começa às 14h e será realizada na recepção do Hospital do Bem e será aberta para todos os profissionais que puderem participar. O momento contará com a participação da direção da unidade e será encerrado com um lanche coletivo, respeitando as medidas de distanciamento e ações de restrição da pandemia.
A Coordenadora do Serviço Social do Complexo, Suenia Mota, explica que o cotidiano dos profissionais de sua equipe é muito dinâmico e inclui várias ações todos os dias. “Nós realizamos visitas ao leito, atendimento ao público, mediação via telefone, orientação a visitantes e em casos de óbito, interconsultas e emissão de declarações”, destaca Suenia, lembrando que outras atividades frequentes, mas não corriqueiras também fazem parte do escopo de trabalho dos profissionais do Complexo.
“Realizamos roda de conversas, participamos diretamente das ações internas, a exemplo da ação Educativa no mês da segurança do paciente com os profissionais da casa, mantemos um bazar permanente de doações destinadas para pacientes em vulnerabilidade, promovemos ações de corte de cabelo, entregamos kit de Higiene Pessoal a acompanhante de pacientes quando necessário, viabilizamos a doação de roupas quando o acompanhante não tem condições de adquirí-las ou pegar em casa já que recebemos muita gente de outras cidades, entre outras ações, e estamos sempre com um olhar atento para nossos pacientes e acompanhantes deles”, complementa Suenia.
Em relação a questão dos itens de higiene pessoal e de roupas, ela lembra que todos os produtos são adquiridos através de doações. “Nós recebemos doações de produtos de higiene e roupas usadas em bom estado e doamos para os nossos pacientes que dão entrada no hospital em situação em vulnerabilidade, tipo paciente de rua que só têm a roupa que veste, pacientes que moram só e que não têm condições de comprar produtos de higiene, pacientes que chegam sem identificação e não têm como os familiares trazerem os itens, acompanhantes que moram fora que chegam com o paciente só com a roupa do corpo. Nesses casos vamos ter disponíveis para suprir essas necessidades enquanto estiver interno no hospital. Agora contamos com a colaboração dos funcionários e de terceiros para nos ajudar com as doações”, reitera Suenia, lembrando que muitas vezes o trabalho do Serviço Social mesmo sem ter visibilidade é muito importante, principalmente, num ambiente hospitalar.
O Serviço em números de janeiro a abril de 2021
No primeiro quadrimestre deste ano, o setor de Assistência Social do Complexo contabilizou 18.928 atendimentos, entre visitas ao leito dos pacientes (7.125), emissão de autorização para acompanhante (1.034), atendimento ao público no setor (4.786), mediação via telefone (2.068), orientação a visitantes (2.975) e em caso de óbito (437), além de 185 interconsultas e 318 emissões de declaração.
Assessoria
