UTI Covid do Hospital de Trauma atende além da capacidade (Foto: divulgação)
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A UTI Covid do Hospital de Trauma de Campina Grande está com 210% de ocupação nesta quarta-feira (12), segundo o diretor técnico do hospital, Sebastião Viana. São 11 pacientes internados em uma UTI com capacidade para atender cinco. De acordo com o diretor, as internações aumentaram muito no mês de maio. ”Não estranharia se já estivesse começando uma terceira onda”, disse ele, em entrevista ao ClickPB.

Para atender pacientes além da capacidade da UTI, Sebastião Viana explicou que são reunidos equipamentos como macas e ventiladores pulmonares de outras áreas do hospital, para montar um leito de UTI improvisado. ”Não deveria acontecer, mas a gente também não vai deixar o paciente sem assistência”, comentou.

É evidente, porém, que essa expansão improvisada tem limites e em algum momento vai faltar equipamentos para atender novos pacientes. Por isso mesmo, ele contou que os pacientes extras foram registrados na regulação de leitos do estado para que sejam transferidos para outros hospitais assim que possível.

De acordo com o boletim divulgado pelo Hospital das Clínicas às 9h desta quarta-feira, o hospital ainda conta com cinco vagas dos 60 leitos de UTI disponíveis.

Casos graves e público jovem

Sebastião Viana ressaltou que os casos de covid-19 que chegam ao hospital têm se apresentado de forma mais grave. ”Às vezes a regulação vem pedindo um leito de enfermaria, mas o paciente evoluiu rapidamente para precisar de intubação e UTI”, relatou.

Dos 20 leitos de enfermaria Covid do hospital, apenas cinco estão ocupados. O diretor técnico do hospital acredita que a gravidade dos casos pode ter relação com a variante do vírus.

Outra observação feita por ele, é que as internações envolvem pacientes mais jovens e também de meia idade, até porque a maior parte dos idosos já foi vacinada. ”Para um idoso ser internado ou ele não tomou a segunda dose da vacina ou ele tem algum comorbidade que pode levar a agravamento e a gente isola por precaução”, disse.

Para Sebastião Viana, o crescimento dos casos de covid-19 na região de Campina Grande ocorre por conta de aglomerações, festas clandestinas e desobediência aos protocolos sanitários. ”Enquanto houver aglomerações não vamos vencer esse vírus”.

Bárbara Wanderley – ClickPB

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