O servidor público Antonio Joaquim de Souza, 63 anos, mais conhecido na torcida do Botafogo de João Pessoa como “Jacaré” e “Caroço de Pinha”, morreu nesta quarta-feira (26). De acordo com informações dos familiares, ele faleceu em decorrência de uma infecção que contraiu no Hospital Metropolitano, em Santa Rita.
Jacaré estava internado desde o dia 25 de abril, após a confirmação de que foi infectado pelo vírus da Covid-19. Segundo a família, antes de ser contaminado, o torcedor do Belo enfrentou problemas pulmonares levando-o a ser internado no Hospital de Trauma e em outras instituições de saúde de João Pessoa e região.
Um personagem histórico
Antonio Joaquim de Sousa, filho de Joaquim Ananias de Sousa e Rita Ambrozio de Sousa. Natural de Patos, nascido no dia 10 de setembro de 1957 (quando vivia no município tinha o apelido de “Nego Toca”). Cidadão patoense por nascimento, pessoense por escolha e paixão.
Veio morar em João Pessoa em 1976, aos 19 anos. A primeira morada foi na Rua Duque de Caxias, centro da cidade, próximo ao Viaduto Damásio Franca. Trabalhava como gazeteiro, vendendo jornais, e talvez venha daí a intimidade com os profissionais de comunicação da cidade. Jacaré era assíduo frequentador da Associação Paraibana de Imprensa (API) e das atividades e eventos promovidos pela entidade.
Torcedor fanático do Botafogo da Paraíba, ele acompanhava o time onde quer que ele fosse, não importava a distância. Já foi ao Rio de Janeiro e Salvador, seguindo seu clube. Era quase um mascote, e durante os jogos não dava sossego para a torcida adversária. Também torcia para o Nacional de Patos, time da sua cidade natal.
O apelido, Jacaré, teria surgido quando ainda era gazeteiro e costumava apostar no jogo do bicho. Jogava sempre no 15, o número correspondente ao animal silvestre. Também é chamado de caroço de pinha, segundo ele porque também é preto. E já foi chamado de ‘telefone’, uma paródia àqueles modelos de telefones antigos, pretos.
