O presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim (Imagem: divulgação/Ibama)
Compartilhe!

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia determinou a inclusão do presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Eduardo Bim, como um dos investigados no mesmo inquérito que apura crimes supostamente cometidos pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

A ministra deu 30 dias para a Polícia Federal concluir as diligências necessárias, o que inclui a oitiva do presidente do Ibama, e encerrar as investigações. O inquérito visa determinar se Salles e o presidente do Ibama cometeram os delitos de advocacia administrativa, obstar ou dificultar a fiscalização ambiental e impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

Cármen Lúcia também negou, hoje, um pedido da defesa de Ricardo Salles para retirar dos autos uma petição para que sejam juntados ao processo documentos relativos a outras investigações contra ele. De acordo com ela, a falta de manifestações sobre a solicitação quer dizer que a PGR considera os documentos “relevantes para o panorama investigado”.

Na última semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura do inquérito contra Ricardo Salles, mas não se manifestou a respeito de Eduardo Bim, mesmo com seu nome listado como um dos envolvidos na notícia crime encaminhada pela Polícia Federal. Somente após a manifestação de Cármen Lúcia, a PGR pediu a inclusão de Bim no inquérito, sob o entendimento de que sua situação fática e jurídica é semelhante à de Salles.

Operação

A Operação Handroanthus, que investiga a exportação ilegal de madeira brasileira aos Estados Unidos, resultou na apreensão de cerca de 200 mil metros cúbicos de madeira extraída por organizações criminosas.

UOL

Deixe seu comentário