Jean Gorinchteyn, médico infectologista e secretário de saúde do estado de São Paulo, nesta sexta-feira (11). — Foto: reprodução/ TV Globo
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A CoronaVac se mostrou eficaz em crianças e adolescentes durante testes realizados na China, que já aprovou a vacinação desta faixa etária contra a Covid-19, informaram nesta sexta-feira (11) o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.

A notícia foi dada nesta manhã, no Instituto Butantan, durante a liberação de um novo lote de CoronaVac, quando comentavam sobre a autorização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em adolescentes a partir dos 12 anos no Brasil.

“A vacina do Butantan, a CoronaVac, também teve a sua aprovação para o uso em crianças a partir de 3 anos, de 3 a 17 anos, na China, e essa documentação está sendo incorporada aqui também pela nossa Anvisa”, disse Dimas Covas.

A assessoria de imprensa do Instituto Butantan complementou a informação explicando que, até o ano passado, a Anvisa pedia que esse tipo de pesquisa fosse realizada em território nacional, mas a exigência mudou neste ano.

A Anvisa aceitou o estudo da Pfizer com crianças e adolescentes feito fora do Brasil e, por isso, o instituto também vai pedir a autorização para o uso da CoronaVac neste grupo, considerando os resultados obtidos na China.

“Essa é uma grande notícia [a liberação da Pfizer para crianças], uma vez que nós realmente precisamos estender proteção para outras faixas etárias de uma forma absolutamente segura, disse o secretário estadual da Saúde Jean Gorinchteyn.

“Os estados brasileiros seguem o Plano Nacional de Imunização, então, para que nós possamos inserir novos grupos etários, precisamos da deliberação do Ministério da Saúde e de mais imunizantes”, continuou.

Anticorpos no leite materno

Gorinchteyn também comentou o estudo da Faculdade de Medicina da USP, que constatou anticorpos contra a Covid-19 no leite materno, mesmo quatro meses depois que as mães tomaram a CoronaVac.

“A Covid é uma doença grave, é uma doença que mata, e a utilização das vacinas mostra que a produção dos anticorpos também protegem o bebezinho. É importante lembrar que isso já é visto em outras vacinas, como a da Influenza – proteger a mãe de formas graves de doença, passa para o bebezinho durante a gestação. Dessa forma, mesmo que a criança só possa tomar a vacina depois dos 6 meses, no caso da gripe, ela está protegida. Então, protege a mãe e protege o bebezinho na barriga e nos seus 6 primeiros meses de vida”, explicou o secretário da Saúde.

De acordo com a USP, estudos feitos nos EUA e em Israel também mostraram anticorpos Anti-SARS-CoV-2 no leite, induzidos pela vacina da Pfizer. Essa foi a primeira vez que se mostrou a presença de anticorpos induzidos pela CoronaVac.

G1 SP

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