Sem utilizar máscara, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou ao ponto inicial da motociata pelas ruas de São Paulo gerando aglomeração junto a apoiadores, que também não utilizavam o item de proteção.
Mais cedo, Bolsonaro participou de um um evento em um colégio militar para entrega de boinas a 82 novos alunos do 6º ano da capital paulista.
Bolsonaro não fez discurso, mas entregou a um dos novos alunos a boina vermelha, que representa a entrada no colégio militar e uma nova fase na vida acadêmica.
O presidente chegou a São Paulo por volta das 7h. Ele participa de uma motociata em seu apoio que acontece a partir das 10h. Ao todo, os participantes vão percorrer uma distância de 129 km entre o Sambódromo do Anhembi, na zona norte, e a região do parque Ibirapuera, na zona sul.
O percurso é mantido em sigilo pelo Palácio do Planalto “por questões de segurança”, mas foi combinado na última quinta-feira (10) entre motoclubes organizadores e a Polícia Militar. Representantes do Exército também opinaram sobre o trajeto.
Confira:
- Avenida Olavo Fontoura
- Praça Campos de Bagatelle
- Avenida Santos Dumont
- Avenida do Estado
- Ponte Governador Orestes Quércia
- Marginal Tietê
- Rodovia Bandeirantes (trevo km 62) – ida e volta
- Marginal Pinheiros
- Ponte Engenheiro Ari Torres
- Avenida dos Bandeirantes
- Corredor Norte-Sul – Avenida Rubem Berta
- Avenida Pedro Álvares Cabral
- Praça Armando de Sales Oliveira (retorno)
- Praça Ibrahim Nobre (Obelisco)
A rodovia dos Bandeirantes está interditada entre os quilômetros 14 e 61, nos dois sentidos, em razão da motociata. Segundo a concessionária CCR AutoBan, a alternativa é a rodovia Anhanguera.
A Polícia Militar definiu as seguintes regras para a manifestação: motocicletas precisam estar emplacadas, não podem ser empinadas nem ultrapassar os 40 km/h de velocidade. É obrigatório o uso de capacete e máscara facial para a proteção contra a covid-19. O Ministério Público irá fazer o acompanhamento para fiscalizar o cumprimento dos protocolos sanitários.
O pastor Jackson Villar, um dos organizadores do evento, chama o encontro de “Acelera para Cristo” e diz em redes sociais que o encontro terá 1 milhão de motos, contadas a partir de cadastramento. É prometido por ele o sorteio de uma moto entre os participantes e um ato religioso no final do percurso.
“Chegando lá faremos uma oração e um agradecimento a Deus, e teremos algumas falas. O presidente Bolsonaro ainda não nos informou se vai querer subir no caminhão, mas será muito bem-vindo se assim decidir”, disse.
Entretanto, a ação é alvo de críticas. Cezar Augusto Oliveira, do motoclube Carpe Diem, explicou ao colunista do UOL Chico Alves que “nos dois eventos realizados em Brasília e no Rio o movimento foi espontâneo dos motociclistas”.
“De repente alguém aparece encabeçando esse movimento como se fosse motociclista, ainda oferecendo sorteio de uma ‘linda moto’ e induzindo a pessoa que quer participar a preencher um formulário”, completa.
“Não há ligação com as pessoas que se intitularam organizadoras do evento”, diz ele.