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Reunidos em almoço num escritório de advocacia de Brasília, sete partidos não alinhados, nem com governo do presidente Jair Bolsonaro, nem com o PT do ex-presidente Lula, decidiram que manterão reuniões presenciais a cada 15 dias visando as eleições presidenciais de 2022.

Estavam presentes os presidentes do PSDB, Bruno Araújo; do DEM, ACM Neto; do Cidadania, Roberto Freire; do PV, José Luiz Penna; e do Podemos, Renata Abreu. O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, não compareceu porque o filho está com covid-19. Enviou o deputado Áureo Ribeiro (RJ) como representante. O MDB mandou o deputado Herculano Passos (SP).

O encontro foi organizado pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM). Segundo ele, o objetivo é tentar construir uma alternativa comum contra a polarização das candidaturas de Bolsonaro e Lula ao Palácio do Planalto em 2022.

“Mas, por enquanto, não discutimos nomes. Cada partido terá liberdade para trabalhar sua candidatura própria. Lá na frente decidiremos se dá para montar uma chapa. É claro que, com essas reuniões periódicas e a aproximação pessoal entre nós, isso se torna mais fácil”, disse Mandetta ao UOL após o encontro.

Além das reuniões periódicas, o grupo decidiu que irá estruturar uma equipe comum de comunicação e que convidará outras legendas para se integrar ao movimento, como o PSB, o Avante e o Novo.

O PDT está na mira do grupo, mas como o partido já tem um candidato posto, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, a avaliação é de que as discussões com os pedetistas ocorrerão mais para a frente.

“Ficou claro que temos um caminho comum a percorrer para dar voz à maioria da população que não quer nem Bolsonaro, nem o PT”, disse Bruno Araújo ao UOL. Mas ele argumentou:

“Primeiro precisamos dar organicidade ao grupo, sem compromisso com nomes. Cada partido tentará viabilizar seu próprio caminho visando formalizar uma união depois, quando for possível. No caso do PSDB, teremos nossas prévias em novembro para escolher o nome do partido e já temos quatro pré-candidatos a presidente.”

Bruno Araújo foi um entusiasta da possível candidatura do Luciano Huck a presidente da República, unindo os partidos não que alinhados nem ao governo, nem ao PT.

Mas o tucano diz que a desistência do apresentador de concorrer faz parte de “um processo natural de afunilamento das candidaturas” desse campo, em que inclui os também desistentes Sergio Moro (ex-ministro da Justiça) e João Amoêdo, fundador do Partido Novo.

UOL

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