Lula e Jair Bolsonaro (reprodução/Flickr)
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A 15 meses da eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganharia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) caso se enfrentassem num segundo turno. O placar seria de 54% das intenções de voto para o petista contra 33% do atual ocupante do Planalto. A eleição é em outubro do ano que vem. O resultado da pesquisa foi divulgado nesta manhã de quarta-feira (7) pela Quaest Consultoria e Pesquisa e pelo banco Genial Investimentos.

O levantamento simulou ainda cenários em que Bolsonaro disputa duelos com outros seis adversários. O presidente também perde para o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) por 44% a 36%, e empata com o governador de São Paulo João Doria (PSDB), por 38% a 38%, com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), por 37% a 36%, e com o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), por 38% a 33%, ainda que esteja numericamente à frente.

Bolsonaro só venceria, fora da margem de erro, de três pontos percentuais para mais ou para menos, do presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM), por 39% a 31%, e do senador Tasso Jereissati (PSDB), por 40% a 31%. O duelo ente Lula e Bolsonaro é o que teria o menor percentual de votos em branco ou nulos, 11%.

Foram entrevistadas 1.500 pessoas, presencialmente, acima de 16 anos, nos 27 Estados da Federação, entre os dias 1º e 4 de julho.

Lula tem 43% de intenções de voto; Bolsonaro, 28%; e Ciro, 10%

Se a eleição presidencial fosse hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria o primeiro turno da disputa ao Planalto com 43% das intenções de voto, contra 28% do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e 10% do ex-ministro Ciro Gomes (PDT). É o que aponta a pesquisa divulgada na manhã de hoje.

O levantamento simulou cinco cenários para 2022, todos contando com a presença de Lula, Bolsonaro e Ciro, que variaram muito pouco a depender de quem figura como o quarto adversário. O petista oscilou entre 43% e 45%; o presidente entre 28% e 29%; e o pedetista entre 10% e 11%.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), registrou 7%; o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) teve 6%; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ficou com 4%; e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), e o senador Tasso Jereissati (PSDB) receberam ambos 3% das preferências. Doria, Leite e Jereissati devem disputar as prévias tucanas para a corrida presidencial.

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não recebem as opções de candidatos, Lula aparece com 21% das intenções de voto contra 18% de Bolsonaro. Ciro tem 1% das menções, mesmo percentual de respostas que indicaram outros candidatos.

Numa pergunta que buscou avaliar o potencial de uma terceira via, 41% responderam que preferem que Lula vença, 24% afirmaram querer que Bolsonaro seja o vitorioso, e 31% disseram não preferir “nem Bolsonaro, nem Lula”.

No quesito chance de votos, que também mede a rejeição, Lula foi o único com potencial acima do limiar de mais de 50%, necessários para a vitória: 36% disseram que “com certeza votariam” nele e 20% “poderiam votar“. Com 36% de eleitores convictos, o petista teria um “piso” de votação que praticamente asseguraria hoje sua ida ao segundo turno.

O potencial de Bolsonaro e Ciro coloca os dois num empate técnico, respectivamente com 37% e 38%: 22% afirmam que “com certeza votariam” no presidente e 15% que “poderiam votar nele”, enquanto apenas 5% dizem que “com certeza votariam” no pedetista, mas 33% afirmam que “poderiam votar” no ex-ministro.

Quanto à taxa de rejeição, 42% dos entrevistados disseram que “não votariam” em Lula, bem abaixo do patamar de Ciro (58%) e Bolsonaro (61%). Os índices dos demais candidatos variaram entre 62% e 71%, mas, segundo o cientista político Felipe Nunes, da Quaest, também refletem a baixa taxa de conhecimento que eles têm no eleitorado.

O menos conhecido é Rodrigo Pacheco, de quem 64% nunca ouviram falar, seguido por Tasso Jereissati (62%), Eduardo Leite (60%), Mandetta (39%), Doria (21%) e Ciro (12%). Nenhum entrevistado disse desconhecer Lula, enquanto 2% afirmaram que nunca ouviram falar de Bolsonaro.

A polarização entre o presidente e o petista se baseia em perfis de votantes muito diferentes. O eleitor típico de Lula mora no Nordeste (onde o ex-presidente atinge 58% das intenções de voto), cursou até o ensino fundamental (estrato que lhe dá 57% das preferências), ganha até dois salários mínimos (56% deste grupo), tem 60 anos ou mais (48%), é católico (47%) e mulher (45%).

O eleitor típico de Bolsonaro mora no Sul (onde o presidente atinge 41% das intenções de voto), tem ensino médio completo ou incompleto (segmento que lhe dá 35% das preferências), ganha mais de cinco salários mínimos (34% deste grupo), tem entre 35 e 44 anos (31%), é evangélico (35%) e homem (33%).

Foram entrevistadas 1.500 pessoas, presencialmente, acima de 16 anos, nos 27 Estados da Federação, entre os dias 1º e 4 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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